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Incêndios florestais na Austrália contribuem para grande aumento nos níveis globais de CO2

24 jan 2020 - 11h50
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Os incêndios florestais na Austrália estão contribuindo para um dos maiores aumentos anuais na concentração de dióxido de carbono na atmosfera da Terra desde que os registros começaram, há mais de 60 anos, de acordo com previsão publicada pelo Escritório de Meteorologia britânico (Met Office) nesta sexta-feira.

Área isolada devido a incêndio florestal na Austrália
08/01/2020
REUTERS/Alkis Konstantinidis
Área isolada devido a incêndio florestal na Austrália 08/01/2020 REUTERS/Alkis Konstantinidis
Foto: Reuters

Embora as emissões de gases causadores do efeito estufa sejam responsáveis pela maior parte do aumento dos níveis de CO2, os incêndios na Austrália pioraram de forma considerável o problema, o que ressalta o impacto da catástrofe no sistema climático global.

"Uma previsão da concentração atmosférica de dióxido de carbono mostra que 2020 testemunhará um dos maiores aumentos anuais em concentração desde que as medições começaram em Mauna Loa, no Havaí, em 1958", disse o Met Office em comunicado.

O órgão afirmou que a concentração atmosférica de CO2 deve atingir um pico acima de 417 partes por milhão em maio, com a média para o ano prevista em 414,2 ± 0,6ppm. Essa média anual representa um aumento de 2,74 ± 0,57 ppm em relação à média de 2019.

As concentrações de CO2 na atmosfera da Terra já superaram em muito o que os cientistas consideram limites seguros.

Em uma cúpula do clima em Madri em dezembro, o secretário-geral da ONU, Antonio Gutérres, alertou que 400 ppm já eram considerados "um ponto crítico impensável".

A última vez que houve uma concentração comparável de CO2 na atmosfera foi entre 3 e 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura estava entre 2 e 3 graus Celsius mais quente e o nível do mar era 10 a 20 metros mais alto do que hoje, dizem os cientistas.

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