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Imperador do Japão delegará funções públicas após abdicação, diz príncipe

30 nov 2017 - 10h02
(atualizado às 10h35)
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O imperador Akihito delegará todas suas funções públicas a seu herdeiro depois que se aposentar, o que será a primeira abdicação ocorrida no Japão em quase dois séculos, disse o filho mais novo do monarca, reagindo aos temores de que um ex-imperador possa enfraquecer a posição de seu sucessor.

Imperador Akihito, do Japão, durante comemoração de aniversário no Palácio Imperial, em Tóquio 23/12/2015 REUTERS/Thomas Peter
Imperador Akihito, do Japão, durante comemoração de aniversário no Palácio Imperial, em Tóquio 23/12/2015 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

A Constituição japonesa define o imperador como um símbolo do Estado e do povo, sem poder político. Suas funções incluem cerimônias religiosas Shinto e tarefas determinadas constitucionalmente, como a abertura do Parlamento.

O reinado de 29 anos do octogenário Akihito também tem sido marcado por viagens a locais de desastres nacionais para animar os sobreviventes, e ao exterior para curar as feridas de uma guerra disputada em nome de seu pai, o imperador Hirohito, que era considerado divino até a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.

Alguns especialistas, lembrando exemplos de ex-imperadores que continuaram influentes, revelaram o temor de que a existência do antigo monarca possa minar o status simbólico do príncipe herdeiro Naruhito.

"O imperador sempre pretendeu passar todas as suas funções públicas, incluindo atos de Estado, ao próximo imperador", afirmou o irmão caçula de Naruhito, príncipe Akishino, em comentários publicados para comemorar seu 52º aniversário nesta quinta-feira.

"Mesmo que existam preocupações sobre uma 'autoridade dupla', se essa expressão é apropriada, posso dizer claramente que é impossível", acrescentou.

Uma lei aprovada em junho permite que Akihito, que completa 84 anos em 23 de dezembro, abdique, mas os detalhes ainda têm que ser acertados.

A abdicação deve acontecer em 2019.

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