PUBLICIDADE

Mundo

Igreja Católica critica Israel por ataque a funeral de repórter

16 mai 2022 - 14h16
(atualizado às 14h23)
Compartilhar
Exibir comentários

O patriarca latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, criticou nesta segunda-feira (16) o assalto da polícia de Israel contra o funeral da jornalista Shireen Abu Akleh.

Mural em memória de Shireen Abu Akleh na Cisjordânia
Mural em memória de Shireen Abu Akleh na Cisjordânia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Durante a cerimônia, realizada na última sexta (13), em Jerusalém, policiais agrediram pessoas que carregavam o caixão da repórter da Al Jazeera, fazendo com que o esquife quase caísse no chão.

"Estamos chocados com a maneira injustificável como aquilo ocorreu e queremos condenar e denunciar isso de maneira clara e inequívoca", declarou Pizzaballa, que chefia o patriarcado da Igreja Católica para os fiéis de rito latino residentes em Israel e na Palestina.

"As razões de segurança não podem justificar um evento desse tipo", acrescentou o patriarca. Já o padre Thomas Grysa, encarregado de negócios da delegação do Vaticano na Terra Santa, acusou a polícia de Israel de "violar o direito à liberdade religiosa" durante o funeral de Abu Akleh.

"Esse episódio constitui um momento de tensão entre Israel e a Santa Sé, ainda que não seja o primeiro", acrescentou.

A confusão ocorreu enquanto o caixão da jornalista palestino-americana era levado de um hospital cristão em Jerusalém para uma igreja melquita, confissão de rito bizantino que está em comunhão com a Santa Sé.

"A polícia irrompeu em um hospital cristão, faltando com o respeito com a Igreja, o próprio hospital e a memória da falecida e fazendo com que os que carregavam o caixão quase o deixassem cair", diz um documento divulgado durante a coletiva de Pizzaballa.

Abu Akleh, de 51 anos de idade, foi assassinada durante uma operação do Exército israelense na Cisjordânia ocupada, na última quarta-feira (11).

Ainda não está claro quem matou a jornalista: enquanto a Autoridade Nacional Palestina (ANP) culpa as forças de ocupação, o governo israelense atribuiu o assassinato a palestinos armados.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade