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Huawei abre processo contra EUA por proibir venda de produtos

Decisão foi anunciada por um dos presidentes da empresa

7 mar 2019 - 10h14
(atualizado às 11h16)
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A gigante chinesa de tecnologia Huawei anunciou nesta quinta-feira (7) a abertura de um processo contra o governo de Donald Trump por remover produtos da companhia do mercado norte-americano.

Huawei abre processo contra EUA por proibir venda de produtos
Huawei abre processo contra EUA por proibir venda de produtos
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    A decisão foi anunciada por um dos presidentes da empresa, Guo Ping, durante coletiva de imprensa em Shenzhen, cidade onde está localizada a sede da Huawei.

    O processo foi apresentado em um tribunal do Texas e tem como objetivo impugnar a Lei de Autorização de Defesa Nacional, que determina que agências federais não podem adquirir produtos da gigante tecnológica. O governo teme que os equipamentos possam ser usados para espionagem.

    De acordo com o executivo, "esta proibição não é apenas ilegal, mas também restringe a Huawei de participar da concorrência leal". Além disso, a medida pode prejudicar os consumidores norte-americanos.

    Ping ainda acusou as autoridades dos Estados Unidos de hackearem seus servidores e roubarem e-mails. Ele afirmou que a empresa precisou tomar essa "ação legal" como uma tentativa de último recurso, já que o Congresso de Trump não conseguiu justificar a restrição. Para o presidente da companhia, caso a lei seja anulada, a Huawei está disposta a fornecer mais avanços tecnológicos, além de contribuir para a criação das redes 5G em todo o território norte-americano. A abertura do processo acontece depois que o governo Trump proibiu a Huawei de fazer parte da instalação de redes 5G. A medida foi tomada porque a Casa Branca acusa Pequim de usar a tecnologia da empresa como instrumento de espionagem. Recentemente, a executiva-chefe da companhia, Meng Wangzhou, que está detida desde 1º de dezembro, em Vancouver, foi acusada de ter vendido equipamentos de telecomunicações que seriam usados pelo governo da China para espionagem e de roubar segredos da rival americana T-Mobile. O caso se tornou um embate diplomático entre os três países. No próximo dia 8 de maio, a Corte Suprema de British Columbia, em Vancouver, no Canadá, realizará a primeira audiência para discutir a extradição da executiva.

Ansa - Brasil   
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