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Hospitais da Itália se preparam para 2ª onda de coronavírus

Em Milão, o pronto-socorro do Sacco atenderá só infectados

15 out 2020 - 18h08
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A "temida" segunda onda de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) está se espalhando rapidamente entre os países europeus e, por isso, alguns hospitais da Itália estão tomando medidas restritivas e se preparando para enfrentar mais uma vez a crise sanitária.

    Em Milão, os prontos-socorros dos hospitais Sacco e Fatebenefratelli decidiram atender apenas infectados com Covid-19 e encaminhar pacientes com outras patologias para outros hospitais da cidade.

    A informação foi confirmada pelo próprio hospital Sacco, que tomou a decisão para proteger as pessoas sem coronavírus. Com isso, 118 pacientes internados no setor de pneumologia terão que deixar o centro médico a partir desta sexta-feira (16).

    "Com base nas exigências das linhas regionais, devemos acolher os pacientes de Covid e por isso devemos encerrar agora o acolhimento de pacientes urgentes de pneumologia", explicou à ANSA a diretora médica do hospital, Lucia Castellani.

    No Fatebenefratelli, por sua vez, todos os pacientes continuam sendo aceitos, mas com áreas restritas aos contaminados com o novo coronavírus.

    "Não há dúvida de que nos últimos três dias a pressão sobre os dois hospitais aumentou muito devido ao crescimento dos doentes.

    Atualmente temos 100 pacientes com Covid internados e mais alguns esperando por um leito", acrescentou Castellani.

    Os dois prontos-socorros estão trabalhando desde a semana passada para reorganizar os leitos para pacientes contaminados.

    Já na Toscana, a partir de amanhã (16), com exceção dos casos especiais, o acesso dos visitantes a todos os hospitais da Agência Sanitária Local (ASL) Toscana Centro, em Florença, Prato e Pistoia, está suspenso.

    Segundo a ASL, a decisão foi "necessária nesta fase de emergência sanitária, levando em conta a situação epidemiológica, para manter e garantir um elevado nível de segurança às pessoas, evitar aglomerações e o risco de contágio, a fim de assegurar os serviços essenciais, a prestação dos serviços de saúde e garantir a proteção dos doentes e dos profissionais de saúde".

    No comunicado também ficou determinado que as exceções, que deverão ser analisadas pelos diretores dos hospitais, estão previstas apenas para pessoas à beira da morte, quem tem deficiência grave, menores de idade, e para quem precisa de cuidadores.

    Caso contrário, os familiares serão informados por telefone sobre as condições de saúde de seus parentes doentes.

Ansa - Brasil   
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