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Homem que agrediu policial em invasão ao Capitólio é condenado

10 nov 2021 - 19h03
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A Justiça americana condenou nesta quarta-feira (10) dono de uma academia de Nova Jersey e ex-lutador de MMA a três anos e cinco meses de prisão por sua participação na invasão ao Capitólio, no dia 6 de janeiro.

    Scott Fairlamb é o primeiro invasor a ser condenado por acusações relacionadas a atos de violência, em um dos cerca de 700 processos promovidos contra pessoas que protagonizaram o ataque.

    Preso desde o início do ano, o ex-lutador se confessou culpado de agredir um policial e de obstruções em agosto, evitando que fosse submetido a um julgamento com um júri popular. Se não tivesse fechado um acordo, ele poderia ser condenado até a 22 anos de prisão.

    Na decisão de hoje, o juiz Royce Lamberth mencionou a gravidade dos atos de Fairlamb, tendo em vista que o americano foi flagrado aos gritos antes de agredir com socos os agentes e depois cometeu vandalismo.

    "Foi uma ofensa grave, uma afronta à sociedade e à lei, a ação de tomar o Capitólio e interromper o funcionamento da democracia", afirmou Royce, declarando que o ataque atingiu "o coração" da democracia americana.

    Além da pena de três anos e cinco meses de prisão, ele ficará em liberdade condicional por três anos depois de deixar o regime fechado e terá de pagar US$ 2 mil relativos a danos causados ao Capitólio.

    A sentença de Fairlamb provavelmente definirá um marco inicial de como os manifestantes acusados de violência podem ser punidos, e inaugura uma nova fase dos casos de motim do Capitólio dos Estados Unidos, que até agora tiveram apenas réus não violentos condenados, sendo a grande parte a nenhuma pena de prisão.

    "Eu realmente lamento minhas ações naquele dia. Não tenho nada além de remorso", disse Fairlamb no tribunal com lágrimas nos olhos enquanto pedia "misericórdia".

    O ex-lutador reconheceu que seu comportamento foi "completamente irresponsável e imprudente" e afirmou ainda que decepcionou sua família, incluindo seu pai, que era um veterano. Além disso, observou que, desde sua prisão, não falou com seu irmão, que é um agente do Serviço Secreto, "por respeito à sua posição e ao governo".

Ansa - Brasil   
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