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'Herói' do Costa Concordia quer salvar migrantes no mar

Senador Gregorio De Falco avalia subir em navio de ONG

7 abr 2019 - 15h16
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O senador italiano Gregorio De Falco, conhecido mundialmente por sua atuação no naufrágio do navio Costa Concordia, em 2012, agora quer subir em uma embarcação que resgata migrantes no Mar Mediterrâneo.

Gregorio De Falco foi eleito senador pelo M5S, mas acabou expulso do partido por defender migrantes
Gregorio De Falco foi eleito senador pelo M5S, mas acabou expulso do partido por defender migrantes
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Ex-oficial da Capitania dos Portos da Itália, De Falco está definindo os aspectos técnicos para participar de uma missão marítima da ONG Mediterranea Saving Humans, que já foi acusada pelo ministro do Interior e vice-premier do país, Matteo Salvini, de colaborar com o tráfico de seres humanos.

"As missões do navio Mare Jonio, assim como as das outras ONGs, são muito dignas. Estamos vendo com a organização da Mediterranea quais podem ser todos os aspectos, sua capacidade operacional e se subirei a bordo", disse De Falco durante a assembleia nacional da entidade, realizada em Roma, neste domingo (7).

A embarcação da Mediterranea deve zarpar nos próximos dias para a costa da Líbia, apesar de Salvini ter fechado os portos italianos para navios de ONGs. "Trata-se de uma missão civil muito ampla que ultrapassa as fronteiras, mas é uma missão humanitária e obrigatória", acrescentou o senador.

Costa Concordia

Em janeiro de 2012, De Falco ganhou notoriedade no mundo inteiro após a divulgação de um áudio que o mostrava exigindo, em vão, que o capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, voltasse ao navio para comandar sua evacuação.

O naufrágio deixou 32 mortos, e Schettino acabou condenado a 16 anos e um mês de prisão por lesões, homicídios e naufrágio culposos (quando não há intenção de cometer o crime) e por abandono de navio e de incapazes.

De Falco virou herói nacional por causa da frase "Vada a bordo, cazzo" ("Volte a bordo, car...") e foi eleito senador pelo partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) em março de 2018. No fim do ano passado, no entanto, ele foi expulso do M5S por ter votado contra o chamado "Decreto Salvini", que aboliu a permissão de estadia por motivos humanitários.

Ansa - Brasil   
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