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Grupo guerrilheiro ELN admite ataque contra academia de polícia na Colômbia; insiste em diálogo

21 jan 2019 - 12h08
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O grupo guerrilheiro colombiano Exército da Libertação Nacional (ELN) admitiu nesta segunda-feira ser responsável por um ataque com carro-bomba contra uma academia de polícia que deixou 21 mortos em Bogotá, afirmando que o ato foi "lícito" e insistindo em uma negociação política para encerrar o conflito armado.

Manifestação pela paz em Bogotá REUTERS/Luisa Gonzalez
Manifestação pela paz em Bogotá REUTERS/Luisa Gonzalez
Foto: Reuters

O ataque de quinta-feira contra a Escola de Cadetes General Francisco de Paula Santander, um centro de formação de oficiais da Polícia Nacional, foi cometido por um carro carregado com 80 kg de explosivos. Durante o ataque, morreram o motorista do veículo, que pertencia ao ELN, e 20 cadetes.

"A Escola de Cadetes da Polícia Nacional é uma instalação militar, lá recebem instrução e treinamento os oficiais que então realizam inteligência de combate, conduzem operações militares, participam ativamente da guerra contrainsurgente e tratam como guerra o protesto social", disse o grupo rebelde em seu site.

"Portanto, a operação realizada contra tais instalações e tropas é lícita dentro do direito da guerra, não houve nenhuma vítima não combatente", acrescentou.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, já havia acusado o ELN de conduzir o ataque, o pior do tipo em 15 anos, e pedido que Cuba capturasse 10 líderes do grupo que se encontram em Havana para extraditá-los à Colômbia.

Entretanto, Cuba negou o pedido de Duque e afirmou que atuará em estrito respeito aos Protocolos do Diálogo da Paz firmados entre o governo colombiano e o ELN, incluindo os termos relacionados à ruptura da negociação.

Os protocolos estabelecem garantias mínimas de segurança aos líderes guerrilheiros para regressar a zonas montanhosas e de selva da Colômbia, os deixando a salvo de operações militares durante determinado período de tempo acordado previamente.

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