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Grupo de Lima faz apelo a Maduro para não assumir Presidência; México não assina comunicado

4 jan 2019 - 19h15
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O México rejeitou juntar-se a seus colegas regionais nesta sexta-feira no apelo ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para que não tome posse este mês, a primeira vez em que não assinou uma declaração do Grupo de Lima, bloco criado para pressionar Caracas a fazer reformas democráticas.

Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante entrevista coletiva na Cidade do México
26/12/2018 REUTERS/Daniel Becerril
Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante entrevista coletiva na Cidade do México 26/12/2018 REUTERS/Daniel Becerril
Foto: Reuters

O México era um dos principais críticos de Maduro. Mas os laços entre os dois países ficaram mais estreitos sob o presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador, que enfrentou críticas por convidar Maduro para sua posse no mês passado.

O México disse ao Grupo de Lima que prefere manter seus canais diplomáticos com Caracas abertos para ajudar a encontrar uma solução para a crise política do país sul-americano, segundo uma fonte do governo que pediu para não ser identificada.

O México continuará fazendo parte do Grupo de Lima, afirmaram a fonte e um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do México.

Os 13 integrantes restantes do Grupo Lima, que incluem Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Peru, disseram que não reconheceriam o novo mandato de Maduro porque a eleição do ano passado não foi livre ou justa, segundo comunicado conjunto que assinaram.

Esses países classificaram como "ilegítimo" o novo mandato de Maduro, que começará em 10 de janeiro, e o exortou a "não assumir a Presidência, respeitar as atribuições da Assembleia Nacional e transferir a ela, provisoriamente, o Poder Executivo até que novas eleições presidenciais democráticas sejam realizadas".

Eles também concordaram em reavaliar suas relações diplomáticas com a Venezuela e impedir que autoridades venezuelanas de alto escalão entrem em seu território segundo suas leis nacionais permitam, de acordo com o comunicado.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, disse no Twitter que o Grupo de Lima recebe ordens do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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