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Mundo

Governos mantêm acordo climático global apesar da saída dos EUA

18 nov 2017 - 15h48
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Quase 200 nações mantiveram neste sábado o acordo global de 2015 para combater as mudanças climáticas, após uma maratona de negociações ofuscadas pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do acordo.

O primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, que presidiu as conversas de duas semanas em Bonn, na Alemanha, disse que o resultado "ressalta a importância de manter o impulso e manter o espírito e a visão do nosso Acordo de Paris".

Os delegados concordaram em iniciar em 2018 um processo para revisar os planos existentes que buscam limitar as emissões de gases de efeito estufa como parte de um esforço de longo prazo. A iniciativa foi batizada de "Diálogo Talanoa", uma palavra fijiana para contar histórias e compartilhar experiências.

Além disso, os delegados progrediram no detalhamento das regras para o acordo de Paris de 2015, que busca acabar com a era dos combustíveis fósseis neste século. As regras devem ficar prontas até dezembro do ano que vem.

Muitos delegados disseram que o trabalho precisava seguir mais rápido.

"Agora a caminhada está mais rápida, então todos os países precisarão realmente acelerar o ritmo a partir de agora", disse o ministro do Meio Ambiente do Brasil, José Sarney Filho.

O pacto de Paris visa limitar o aumento nas temperaturas médias globais para "bem abaixo" de 2 graus Celsius acima dos tempos pré-industriais, idealmente em 1,5 grau para limitar a ocorrência de mais secas, inundações, ondas de calor e aumento do nível do mar.

Mas as políticas existentes caminham para causar um aumento de cerca de 3 graus até 2100. O Diálogo Talanoa seria um passo em direção a políticas mais apertadas.

O encontro de Bonn ocorreu sob a sombra da decisão de Trump em junho de se retirar do acordo de Paris e promover a indústria do carvão e do petróleo. Trump duvida que as emissões feitas pelo homem sejam a principal causa do aumento das temperaturas.

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