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Governo Trump classifica de absurda decisão de juiz sobre asilo a ilegais

20 nov 2018 - 17h24
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse na terça-feira que continuará defendendo a decisão do presidente Donald Trump de negar asilo a imigrantes procedentes do México que entrarem ilegalmente no país, depois que um juiz federal bloqueou temporariamente a decisão política.

Trump citou um sistema de imigração sobrecarregado para justificar a seu recente anuncio de que as autoridades vão processar apenas os pedidos de asilo de imigrantes que se apresentem em um ponto de entrada oficial ao longo da fronteira EUA-México.

Mas grupos de defesa dos direitos civis entraram com um processo e na segunda-feira o juiz Distrital dos EUA Jon Tigar, em San Francisco, emitiu uma ordem judicial temporária dizendo que o Congresso claramente permitiu que os imigrantes peçam asilo independentemente de como entraram no país.

O Departamento de Justiça disse na terça-feira que ser "absurdo" que Tigar permitir que os grupos de direitos civis tenham a capacidade de "impedir todo o governo federal de agir de forma que estrangeiros ilegais possam receber um benefício do governo ao qual não têm direito".

A decisão sobre os pedidos de asilo ocorre no momento em que milhares de centro-americanos, incluindo um grande número de crianças, viajam em caravanas em direção à fronteira dos EUA para escapar da violência e da pobreza em casa. Alguns já chegaram a Tijuana, uma cidade mexicana na fronteira com a Califórnia.

"Estamos ansiosos para continuar a defender o exercício legítimo e bem fundamentado do Executivo de sua autoridade para enfrentar a crise em nossa fronteira sul", disse o Departamento de Justiça.

Em um comunicado após a decisão, Lee Gelernt, da American Civil Liberties Union, disse que a política de Trump coloca em risco a vida das pessoas.

"Não há razão justificável para negar categoricamente às pessoas o direito de requerer asilo", disse Gelernt.

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