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Governo Trump aumenta pressão comercial sobre China com plano de tarifas mais altas sobre importações

1 ago 2018 - 20h37
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou aumentar pressão sobre a China por concessões comerciais ao propor uma tarifa mais alta de 25 por cento, no valor de 200 bilhões de dólares, sobre importações chinesas, informou seu governo nesta quarta-feira.

Presidente dos EUA, Donald Trump, reza durante reunião com pastores na Casa Branca
01/08/2018 REUTERS/Carlos Barria
Presidente dos EUA, Donald Trump, reza durante reunião com pastores na Casa Branca 01/08/2018 REUTERS/Carlos Barria
Foto: Reuters

O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disse que Trump ordenou o aumento de um imposto de 10 por cento proposto anteriormente porque a China se recusou a cumprir demandas norte-americanas e impôs tarifas retaliatórias sobre bens norte-americanos.

    "O aumento na possível taxa do imposto adicional tem objetivo de dar ao governo opções adicionais para encorajar a China a alterar suas políticas e comportamentos prejudiciais e adotar políticas que irão levar a mercados mais justos e prosperidade para todos nossos cidadãos", disse Lighthizer em comunicado.

Não há conversas formais entre Washington e Pequim há semanas sobre as exigências de Trump de que a China faça mudanças fundamentais em suas políticas sobre proteção de propriedade intelectual, transferências de tecnologia e subsídios para indústrias de alta tecnologia.

    Duas autoridades do governo Trump disseram a repórteres em teleconferência que Trump permanece aberto para conversas com Pequim e que através de conversas informais os dois países estão discutindo se uma "negociação frutífera" é possível.

"Nós não temos nada para anunciar hoje sobre um evento específico, ou uma rodada específica de discussões, mas comunicações permanecem abertas e nós tentamos descobrir se condições se apresentam para um compromisso específico entre os dois lados", disse uma das autoridades.

CONSULTA POPULAR ESTENDIDA

A tarifa mais alta, se implementada, será aplicada a uma lista de bens avaliados em 200 bilhões de dólares identificada pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) no mês passado como uma resposta às tarifas retaliatórias da China sobre uma rodada inicial de tarifas dos EUA sobre 34 bilhões de dólares em componentes eletrônicos, maquinários, automóveis e bens industriais da China.

    O USTR informou que irá estender um período de consulta popular para a lista de 200 bilhões de dólares de 30 de agosto para 5 de setembro por conta do possível aumento de tarifas. A lista, divulgada em 10 de julho, atinge consumidores norte-americanos com mais força do que as anteriores, envolvendo bens que variam de tilápias chinesas e ração para cachorros a móveis, produtos de iluminação, circuitos impressos e materiais de construção.

    A China informou nesta quarta-feira que "extorsão" não irá funcionar e que irá revidar se os EUA tomarem novos passos para dificultar comércio, incluindo aplicações de tarifas mais altas.

    "Pressão e extorsão dos EUA não terão um efeito. Se os Estados Unidos tomarem novos passos, a China irá inevitavelmente adotar contramedidas e nós iremos proteger resolutamente nossos direitos legítimos", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em entrevista coletiva.

Investidores temem que uma crescente guerra comercial entre Washington e Pequim possa atingir o crescimento econômico global. Proeminentes grupos comerciais dos EUA, embora críticos ao que veem como práticas comerciais mercantilistas da China, condenaram as tarifas agressivas de Trump.

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