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Governo terá vida longa, garante Di Maio na ANSA

Vice-premier da Itália participou de sabatina em Roma

5 dez 2018 - 14h45
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O ministro do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, participou nesta quarta-feira (5) de uma sabatina na sede da ANSA, em Roma, e garantiu que o governo terá vida longa.

Luigi Di Maio participa de sabatina na sede da ANSA, em Roma
Luigi Di Maio participa de sabatina na sede da ANSA, em Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), Di Maio, 32 anos, divide o poder com a ultranacionalista Liga, comandada pelo ministro do Interior e também vice-premier Matteo Salvini, com quem já mostrou algumas desavenças ao longo dos últimos seis meses.

"Seguiremos em frente por um longo tempo para tentar realizar o contrato de governo", assegurou Di Maio. O M5S foi o partido mais votado nas últimas eleições, com 32% da preferência, mas as pesquisas mais recentes já colocam a Liga na frente, o que tem pressionado o jovem vice-premier a buscar resultados para fazer frente à crescente popularidade de Salvini.

"Vencemos as eleições em 4 de março, e foram necessários 100 dias para formar o governo. Em seis meses conseguimos resultados graças a um jogo de equipe com [Giuseppe] Conte como ponta avançado", disse Di Maio, citando o discreto primeiro-ministro Giuseppe Conte.

Na sabatina, o líder do M5S confirmou a existência de uma "competição leal e saudável" com a Liga e minimizou os recorrentes e concorridos comícios feitos por Salvini. "Se as forças de governo enchem as praças, isso é uma coisa boa, quer dizer que estamos fazendo algo de bom", declarou.

Di Maio também reconheceu que é preciso "negociar" com a União Europeia sobre os termos da Lei Orçamentária para 2019, que prevê uma expansão do déficit - em um país com a quarta maior dívida pública do mundo - para financiar programas sociais, mas "sem trair" as promessas feitas aos italianos.

"Podemos melhorar a qualidade de vida dos italianos, especialmente das parcelas mais frágeis, com esse pacote de bem-estar social", reforçou, em referência a medidas como a renda básica de cidadania e a revogação da reforma previdenciária. "É uma nova receita em contradição com o passado da Itália e o presente de outros países europeus, e isso cria atritos e discussões", disse.

Ansa - Brasil   
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