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Mundo

Governo do Irã ameaça enriquecer urânio até 20%

País rompeu limite de acordo nuclear após sanções dos EUA

8 jul 2019 - 09h14
(atualizado às 10h17)
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O governo do Irã estuda enriquecer urânio até 20% caso as potências mundiais não encontrem uma forma de contornar as sanções econômicas unilaterais impostas ao país pelos Estados Unidos.

Presidente Hassan Rohani inspeciona instalação de energia nuclear em Teerã
Presidente Hassan Rohani inspeciona instalação de energia nuclear em Teerã
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A ameaça chega um dia depois de o Irã ter anunciado que começaria a enriquecer urânio até 5%, rompendo um dos pactos do acordo nuclear de 2015, assinado por Alemanha (representando a União Europeia), China, França, Reino Unido e Rússia - os EUA deixaram o tratado no ano passado.

Segundo o porta-voz da Organização Iraniana para Energia Atômica, Behrouz Kamalvandi, citado pela agência oficial Irna, o próximo passo poderia ser enriquecer urânio até 20%, o limite do nível usado para produção de energia nuclear, mas ainda distante do necessário para fabricação de bombas, ao redor de 90%.

O ultimato de Teerã, voltado sobretudo à União Europeia, é de 60 dias. "Estamos extremamente preocupados pelos anúncios de que o Irã enriquecerá urânio além do limite previsto no acordo nuclear", disse um porta-voz da Comissão Europeia nesta segunda-feira (8).

Já a China afirmou que a atual crise é fruto do "bullying unilateral dos EUA" contra o Irã. O governo da Rússia, por sua vez, disse que é preciso "diálogo" para reverter a situação.

O país persa já havia superado os limites de armazenamento de urânio de baixo enriquecimento e água pesada estabelecidos pelo acordo de 2015, uma vez que as sanções dos EUA inviabilizaram a exportação desses materiais, segundo Teerã.

Ansa - Brasil   
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