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Governo de Trump recua em campanha para inserir pergunta sobre cidadania no censo dos EUA

2 jul 2019 - 20h30
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Em uma derrota dolorida para o presidente norte-americano, Donald Trump, seu governo encerrou a campanha para incluir uma questão sobre cidadania no censo de 2020 dos Estados Unidos, informando que iniciará a impressão dos formulários que não incluem a polêmica pergunta.   

Secretário Wilbur Ross
06/06/2019
REUTERS/Leah Millis
Secretário Wilbur Ross 06/06/2019 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Autoridades da Casa Branca e do Departamento de Justiça confirmaram a decisão, que ocorre após uma decisão da Suprema Corte no dia 27 de junho que criticava a tentativa original de acrescentar a pergunta nos formulários. 

"Eu respeito a Suprema Corte mas discordo fortemente dessa decisão sobre minha resolução de incluir uma questão sobre a cidadania no censo de 2020", disse em nota o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross. 

"O Escritório do Censo iniciou o processo de impressão dos questionários decenais sem a pergunta. Meu foco, o do escritório e do departamento inteiro é conduzir um censo completo e preciso", disse Ross. 

Embora a Suprema Corte tenha deixado aberta a possibilidade de o governo acrescentar a questão, havia pouco tempo para o governo preparar uma nova argumentação no tribunal. 

O governo havia dito em requerimentos que precisava finalizar os detalhes do questionário até o final de junho. 

Após a decisão, Trump publicou no Twitter que estava consultando advogados sobre a possibilidade de adiar o censo para que a pergunta fosse incluída. 

Críticos classificam a questão sobre cidadania como um plano dos republicanos para assustar imigrantes para que eles não participem da contagem populacional e assim gerem uma sub-apuração em áreas com número alto de imigrantes e latinos, que normalmente tendem em apoiar os democratas.

"À luz da decisão da Suprema Corte, o governo Trump não teve escolha senão proceder com a impressão dos formulários do censo 2020 sem a questão sobre cidadania. Todos na América contam no censo, e a decisão de hoje significa que todos nós contamos", disse Dale Ho, um advogado da União Americana das Liberdades Civis, que combateu o governo Trump na Justiça. 

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