Gaza e Israel trocam agressões na véspera do Ramadã
Hamas e Jihad Islâmica dispararam mais de 200 mísseis
Em mais um dia de tensão no Oriente Médio, o Hamas e a Jihad Islâmica dispararam neste sábado (4) mais de 200 mísseis contra Israel, que, por sua vez, bombardeou cerca de 120 alvos dos dois grupos na Faixa de Gaza.
O saldo até o momento é de três palestinos mortos - um homem, uma mulher grávida e uma bebê de 14 meses - e uma israelense gravemente ferida. Os mísseis fizeram soar sirenes de alarme em cidades como Beit Dagan, Kiryat Gat e Bet Shemesh, ao sul de Tel Aviv. Um deles atingiu uma escola, que estava fechada para o repouso sabático.
Outro acertou uma casa perto da cidade de Ashkelon, mas o casal que mora no local conseguiu se refugiar a tempo em um cômodo blindado. Já Israel fechou a fronteira com Gaza nas passagens de Eretz (para pessoas) e de Kerem Shalom (mercadorias).
"A resistência continua pronta a reagir aos crimes cometidos pela ocupação, não permitirá que seja derramado sangue de nosso povo e está determinada a defendê-lo", disse um porta-voz do Hamas.
A Jihad Islâmica, por sua vez, ameaçou atacar a central nuclear de Dimona, o Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, e os portos de Ashdod e Haifa. Na última sexta, violentos protestos já deixaram quatro palestinos mortos na Faixa de Gaza, incluindo dois membros do Hamas.
A escalada da tensão acontece na véspera do início do Ramadã, o mês sagrado do Islã, em um dia de mercados lotados no território palestino. Segundo o porta-voz militar de Israel, Jonathan Conricus, a culpa é da Jihad Islâmica.
"Na semana passada a Jihad Islâmica disparou um míssil contra o sul de Israel; ontem [3] um franco-atirador feriu dois soldados. Foi a Jihad quem provocou a atual desestabilização", declarou.