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Gângsters, políticos e funcionários públicos condenados na Itália no julgamento da "Máfia Capital"

20 jul 2017 - 12h21
(atualizado às 13h21)
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Os dois líderes de um grupo criminoso que saqueou os cofres da cidade de Roma foram condenados com cerca de 40 políticos, funcionários e empresários na quinta-feira, em um dos maiores julgamentos de corrupção na capital italiana.

Giosue Naso, advogado de Massimo Carminati, durante julgamento da "Máfia Capital", em Roma 05/11/2015 REUTERS/Alessandro Di Meo/Pool
Giosue Naso, advogado de Massimo Carminati, durante julgamento da "Máfia Capital", em Roma 05/11/2015 REUTERS/Alessandro Di Meo/Pool
Foto: Reuters

Massimo Carminati, membro da famosa organização mafiosa de extrema-direita Banda della Magliana, de Roma, foi condenado a 20 anos de prisão, e seu parceiro Salvatore Buzzi, assassino condenado, recebeu 19 anos.

Apesar de o caso ter sido apelidado de julgamento da "Máfia Capital", o tribunal não condenou nenhum dos acusados por "associação mafiosa", reduzindo a gravidade das acusações em um grande revés para a acusação.

Os promotores tentaram ligar o grupo à máfia siciliana e comparar seus métodos com os do crime organizado tradicional, com o objetivo de obter penas mais longas e expandir o uso da legislação anti-máfia além da sua aplicação a grupos bem conhecidos como o 'Ndrangheta ou Camorra.

O tribunal decidiu que os réus eram culpados do que a lei italiana considera uma associação criminosa "simples".

"Não houve nada sobre a máfia neste julgamento", disse sorrindo Ippolita Naso, advogada de Carminati, depois que um juiz havia lido a sentença.

O promotor Paolo Ielo disse que vai apelar da decisão.

O julgamento começou em uma prisão de alta segurança nos arredores de Roma em novembro de 2015 e se estendeu por mais de 230 sessões. A leitura dos vereditos foi transmitida ao vivo pela TV.

Ielo pediu sentenças de 28 anos para Carminati, que perdeu o olho em um tiroteio com a polícia no início da década de 1980, e 26 anos e três meses para Buzzi.

Os membros do grupo foram acusados de infiltrarem-se na prefeitura de Roma e usar suborno e intimidação para vencer licitações lucrativas, inclusive para a administração de centros que alojam imigrantes que chegaram em massa à Itália, vindos da África.

O tribunal absolveu cinco dos 46 acusados inicialmente.

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