G7 firma compromisso para criar mecanismo contra desinformação
Reunião ocorreu presencialmente em Londres nesta quarta
Os ministros das Relações Exteriores do G7, grupo das sete maiores economias do mundo, formalizaram nesta quarta-feira (5) o compromisso para a criação de um mecanismo de resposta rápida para conter a propaganda e desinformação.
A decisão foi anunciada pelo chanceler britânico, Dominic Raab, após reunião em Londres, realizada de forma presencial pela primeira vez em dois anos.
O acordo prevê a implementação de um mecanismo coordenado entre as democracias ocidentais e "sociedades abertas" contra "atividades estrangeiras maliciosas" de desinformação e "desestabilização das instituições democráticas" e seus processos eleitorais realizados online ou não.
O documento não menciona a Rússia ou a China - países citados em diversas declarações verbais principalmente durante as referências a casos recentes específicos de disseminação de "desinformação sobre vacinas".
No entanto, ontem, Raab já havia dito que o Reino Unido estava "fazendo o G7 entrar em acordo a respeito de um mecanismo rápido de refutação" para conter a desinformação russa, chinesa ou de todo o mundo.
Segundo as autoridades britânicas, norte-americanas e europeias, a Rússia e a China estão tentando compartilhar a desconfiança em todo o Ocidente, seja espalhando desinformação sobre eleições ou propagando mentiras sobre as vacinas contra a Covid-19.
Durante a reunião desta quarta, os ministros também fizeram duras críticas à Rússia por sua "atitude irresponsável" na Ucrânia e apelos à China para "respeitar os direitos humanos".
Além disso, os chanceleres de Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão fizeram um apelo para o Irã libertar seis cidadãos presos de forma "arbitrária".