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Mundo

G20 das Finanças ignora protecionismo em declaração final

Ministros se reuniram em Buenos Aires, na Argentina

20 mar 2018 - 20h11
(atualizado às 20h32)
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A cúpula dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20 terminou nesta terça-feira (20), em Buenos Aires, na Argentina, com um apelo ao diálogo no campo comercial, mas sem mencionar a luta contra o protecionismo econômico.

G20 das Finanças ignora protecionismo em declaração final
G20 das Finanças ignora protecionismo em declaração final
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O encontro reuniu 20 das principais economias do mundo em meio aos temores de uma guerra comercial por causa das barreiras anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como a sobretaxação de 10% e 25% sobre importações de aço e alumínio, respectivamente.

E Washington fez valer seu peso dentro do G20. Apesar das críticas quase unânimes na comunidade internacional ao protecionismo de Trump, o tema não aparece na declaração final do grupo, que diz apenas, de maneira genérica, que o "comércio é o motor do crescimento".

"As trocas comerciais internacionais e os investimentos são importantes motores de crescimento, produtividade, inovação, criação de postos de trabalho e desenvolvimento. Reconhecemos a necessidade de mais diálogo e ações", afirma o texto.

Além disso, em outra vitória diplomática dos EUA, o documento compromete os países do G20 a evitarem "desvalorizações" para aumentar a competitividade de suas moedas, prática atribuída sobretudo à China, que vem tentando emplacar a liderança do mundo globalizado.

Após a cúpula, o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que Trump deseja trocas comerciais "livres e corretas", mas ressaltou que o país está pronto a agir para defender seus interesses. "Não temos medo de uma guerra comercial", disse. Especula-se que a Casa Branca possa divulgar nos próximos dias um pacote de impostos para encarecer produtos chineses.

Criptomoedas

A declaração final do G20 também aborda as criptomoedas, como o bitcoin, que vêm sendo alvo de uma intensa volatilidade nos últimos meses. Segundo os países do grupo, esses ativos podem "provocar implicações financeiras em determinado momento".

É a primeira vez que o G20 faz referência às criptodivisas, que se tornaram armas importantes para a prática de lavagem de dinheiro e evasão fiscal. A presidência rotativa do grupo é ocupada pela Argentina, que sediará as reuniões ministeriais de 2018, bem como a cúpula de chefes de Estado e de governo, entre 30 de novembro e 1º de dezembro, em Buenos Aires.

Ansa - Brasil   
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