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Fundo dos EUA compra ações da TIM para desafiar Vivendi

Elliott está insatisfeita com gestão francesa do grupo italiano

6 mar 2018 - 15h09
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A gestora de investimentos norte-americana Elliott Management, controlada por Paul Singer, está acumulando ações na Telecom Italia, controladora da TIM, para tentar fazer frente ao domínio do grupo francês Vivendi na empresa italiana.

Não se sabe ainda o montante já adquirido pela Elliott, mas o jornal "la Repubblica" diz que a participação do fundo na Telecom Italia já chega a 6% - a Vivendi tem 23,94% e é a principal acionista da companhia de telecomunicações, tendo nomeado tanto seu CEO (Amos Genish) quanto seu presidente (Arnaud De Puyfontaine).

O objetivo da gestora norte-americana seria apresentar um plano industrial próprio para a TIM e eleger um representante para seu conselho de administração. A "extração de valor" da operação da empresa no Brasil seria um dos focos da estratégia da Elliott.

Por meio de um comunicado, a gestora confirmou que tem interesse am ações da TIM, mas garantiu que "não está tentando nem tentará assumir o controle" da empresa. "A governança, a avaliação, a direção estratégica e as relações com o governo italiano devem ser melhoradas", diz um porta-voz da Elliott.

A assembleia anual dos acionistas da Telecom Italia está marcada para 24 de abril, quando a gestora norte-americana poderá apresentar seus candidatos ao conselho de administração. Nos últimos anos, o fundo se revelou um acionista ativo, forçando mudanças em mais de 20 empresas, como a mineradora BHP Billiton.

"Todo acionista é bem-vindo, e é algo bom que a sociedade seja capaz de atrair acionistas", minimizou De Puyfontaine. Atualmente, a TIM é alvo de um procedimento do governo italiano, que decidiu exercer o chamado "golden power" instrumento que lhe dá poderes para "proteger" empresas estratégicas para o interesse nacional.

O caso diz respeito à concentração de ações da Vivendi em duas subsidiárias da TIM: a Sparkle, dona de uma rede de 500 mil quilômetros de cabos de fibra ótica, e a Telsy, fornecedora de telefones, aparatos e sistemas à prova de interceptações.

Ansa - Brasil   
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