França não comprará vacina contra Covid-19 pelo programa Covax, diz fonte
A França providenciará financiamento para uma iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a compra de vacinas em potencial contra a Covid-19, mas não obterá imunizantes por meio do programa, disse uma autoridade do Ministério da Saúde nesta quinta-feira.
A decisão de uma das maiores apoiadoras da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) é um golpe duro na estratégia da OMS, concebida para unir governos de todo o mundo no combate à pandemia de coronavírus.
Em vez de recorrer ao projeto global de vacinas da OMS, conhecido como Covax, a França garantirá doses por meio de um esquema conjunto organizado através da União Europeia, disse o funcionário à Reuters.
Mais de 170 países se filiaram ao projeto da OMS, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quinta-feira, um dia antes do final do prazo para se unir à iniciativa.
A agência tem exortado governos a participarem do plano para fazer com que as imunizações sejam distribuídas igualitária e eficientemente, dizendo que um "nacionalismo da vacina" minaria os esforços para vencer a pandemia.
Os resultados desta rodada de filiações à Covax sublinhará o desafio de se enfrentar uma crise global com interesses individuais conflitantes.
Anteriormente, a OMS disse que 92 nações de renda mais baixa estavam buscando assistência por meio do esquema e que cerca de 80 nações de renda mais elevada expressaram interesse, mas que algumas ainda tinham que confirmar sua intenção até o prazo final.
Outros países ricos, entre eles o Reino Unido, adotaram uma estratégia semelhante, comprando vacinas para suas próprias populações e financiando o esquema ao mesmo tempo. Outros ainda estão em cima do muro, como o Brasil, que tem um dos piores surtos de coronavírus do mundo.