PUBLICIDADE

Europa

Fracasso em eleição abalou confiança em plano para o Brexit

7 ago 2017 - 12h00
(atualizado às 12h12)
Compartilhar
Exibir comentários

A aposta fracassada da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, em uma eleição antecipada abalou a confiança pública no governo, e agora quase dois terços dos eleitores estão pessimistas a respeito da abordagem de Londres para a desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit, indicou uma pesquisa de opinião da consultoria ORB.

O Reino Unido tem menos de dois anos para negociar os termos da separação e os contornos da relação futura, já que deve deixar o bloco no final de março de 2019.

    May ainda se recupera de uma crise que ela mesma criou: a perda de sua maioria parlamentar em uma eleição antecipada que convocou para se fortalecer. O principal negociador da UE alertou que as conversas formais podem ser adiadas.

    Uma pesquisa feita pela ORB International nos dias 2 e 3 de agosto mostrou que 61 por cento dos eleitores britânicos desaprovam a maneira como o governo está tratando das negociações do Brexit --eram 56 por cento no mês passado e 46 por cento em junho.

    Os dados mostram que a maioria do eleitorado aprovou a abordagem de May nas tratativas do Brexit neste ano até junho, quando ela perdeu sua maioria.

    "O monitoramento do Brexit deste mês leva a crer que o dano de um resultado eleitoral ruim está continuando a criar dúvidas sobre o Brexit", disse Johnny Heald, diretor-gerente do ORB.

    "A confiança de que a primeira-ministra será capaz de negociar o acordo certo continua frágil."

    Quando indagadas se confiam que May conseguirá o acordo certo, 44 por cento das pessoas afirmaram que não. Só 35 por cento disseram confiar que May obterá o pacto certo para o Brexit, e 21 por cento disseram não saber.

    O ORB entrevistou 2.000 eleitores em todo o Reino Unido, e a margem de erro é de cerca de 2,2 por cento.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade