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Fernández pede a governo Macri que mantenha o peso estável após eleições na Argentina

21 out 2019 - 15h39
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O candidato de oposição nas eleições presidenciais da Argentina, Alberto Fernández, pediu nesta segunda-feira que o governo do presidente Mauricio Macri mantenha a cotação do peso estável após a votação do próximo domingo para evitar novas turbulências econômicas.

Presidente da Argentina, Mauricio Macri, e candidato presidencial de oposição, Alberto Fernández, após participarem de debate na Universidade de Buenos Aires
20/10/2019
REUTERS/Agustin Marcarian
Presidente da Argentina, Mauricio Macri, e candidato presidencial de oposição, Alberto Fernández, após participarem de debate na Universidade de Buenos Aires 20/10/2019 REUTERS/Agustin Marcarian
Foto: Reuters

A moeda local despencou depois das eleições primárias de agosto, nas quais Fernández obteve uma vitória contundente. Após um período de calma, o mercado crê que a volatilidade poderia retornar.

A depreciação de agosto acelerou uma inflação que já estava elevada, agravando os problemas econômicos da Argentina, que também sofre uma recessão prolongada, apesar das medidas do governo Macri para tentar atenuar seus efeitos.

"A única coisa que espero é que Macri não volte a se irritar e pedir ao banco central para que liberem o dólar, que foi o que fez da última vez", disse Fernández em uma coletiva de imprensa.

Na semana seguinte às primarias, argentinos em massa compraram dólares e sacaram seus depósitos na moeda norte-americana dos bancos, o que criou uma pressão enorme sobre o peso e levou a uma depreciação de quase 20%.

Os operadores financeiros atribuíram a desvalorização ao temor do retorno das políticas populistas do passado. Já a oposição peronista culpou o governo, dizendo que a reação inicial à derrota causou pânico entre a população.

Fernández exibiu confiança agora que se aproxima da eleição, na qual pesquisas de opinião lhe atribuem uma grande vantagem. "A Argentina tem que olhar para a frente, Macri já é parte da história", afirmou.

Consultado sobre as convulsões sociais recentes em outros países da América Latina, Fernández apontou para as medidas de austeridade. "O que acontece no Equador, Chile, Argentina, é o mesmo. São políticas aplicadas com a mesma lógica".

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