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Farmacêutica francesa fecha acordo para produzir vacina da J&J

Sanofi ainda anunciou retomada de testes de seu imunizante

22 fev 2021 - 12h47
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A farmacêutica francesa Sanofi anunciou nesta segunda-feira (22) que fechou um acordo com a Johnson & Johnson para produzir a vacina anti-Covid desenvolvida pelo braço belga da norte-americana, o laboratório Janssen-Cilag.

    Segundo o comunicado, a empresa fará tanto a formulação como o envase do imunizante na planta de Marcy-l'Etoile e o plano é iniciar a produção "a partir do terceiro trimestre" e em um "ritmo de cerca de 12 milhões de doses por mês".

    A vacina da J&J está em vias de receber a autorização para uso emergencial tanto nos Estados Unidos como na União Europeia e é apontada como uma das mais promissoras pelo fato de ser aplicada em dose única. Apesar disso, os números divulgadas pela empresa para a imprensa foram incompletos, mostrando 66% de eficácia na prevenção de casos moderados e graves, mas sem apresentar a eficácia global - ou seja, incluindo todos os casos sintomáticos.

    Esse é o segundo acordo do tipo da Sanofi. Há algumas semanas, a empresa informou que produzirá na sua fábrica de Frankfurt, na Alemanha, cerca de 125 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech.

    Vacina própria - A Sanofi desenvolve, em parceria com os britânicos da GlaxoSmithKline (GSK), também uma vacina própria contra a Covid-19.

    No entanto, no fim do ano passado, os resultados dos estudos nas fases 1 e 2 foram considerados "inferiores ao esperado", com "uma baixa resposta imune em adultos mais velhos". De acordo com as duas empresas, o problema era atribuído a uma "concentração insuficiente do antígeno".

    Ao anunciar a produção da vacina da Johnson & Johnson, os franceses informaram que reiniciaram a fase 2 dos estudos clínicos com 720 voluntários com mais de 18 anos e que o objetivo é obter uma resposta imunológica otimizada também nos idosos.

    Se os resultados forem positivos, a última etapa do estudo clínico será iniciada no terceiro trimestre de 2021, com a meta de disponibilizar a vacina ainda no último trimestre desse ano.

    "Nas últimas semanas, os nossos grupos de pesquisa trabalharam para aperfeiçoar a fórmula do antígeno da nossa vacina com proteínas recombinantes, com base no que aprendemos nos estudos iniciais da fase 1/2", ressaltou o vice-presidente executivo e chefe da Sanofi Pasteur, Thomas Triomphe.

    Serão feitas duas aplicações do imunizante com um período de 21 dias de diferença entre elas nas pessoas que têm entre 18 e 59 anos. Já nos idosos com mais de 60 anos, serão dadas três doses diferentes de antígeno. Os voluntários estão espalhados pelos Estados Unidos, Honduras e Panamá.

    Paralelamente ao desenvolvimento dessa vacina, a empresa informou que ainda está trabalhando em novos imunizantes contra as variantes do coronavírus Sars-CoV-2.

    A vacina da Sanofi/GSK tinha bastante expectativa de sucesso, tanto que a União Europeia já firmou um acordo para comprar 300 milhões de doses. .

Ansa - Brasil   
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