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Família de Martin Luther King e Kamala pedem ao Senado dos EUA que aja por direitos de voto

17 jan 2022 - 20h05
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Descendentes do líder de direitos civis assassinado Martin Luther King Jr. e seus apoiadores fizeram passeata em Washington, nesta segunda-feira, para exigir aprovação do projeto de lei que protege os eleitores da discriminação racial.

Como parte da anual Caminhada pela Paz do Dia de Martin Luther King Jr., os familiares do líder e mais de 100 grupos de direitos civis nacionais e locais passaram pela Ponte Memorial Frederick Douglass, no centro de Washington, para exigir dos democratas, partido do presidente norte-americano, Joe Biden, que aprovem o projeto de lei que protege os direitos de voto.

A passeata ocorre após uma semana decepcionante para os democratas que viram Biden ir ao Capitólio para insistir a seus colegas do Senado que mudassem as regras da Casa a fim de superar a oposição republicana --que é contrária ao projeto-- apenas para ser fortemente rejeitado por dois democratas centristas que efetivamente detêm poder de veto.

Em um discurso separado transmitido ao vivo para a Igreja Batista Ebenezer do falecido reverendo King em Atlanta, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris também pediu ao Senado que aja, alertando que os esforços para restringir a votação em alguns Estados dos EUA podem dificultar o voto de milhões de norte-americanos.

"Não devemos ser complacentes ou cúmplices", disse Kamala Harris. "Não devemos desistir e não devemos ceder. Para honrar verdadeiramente o legado do homem que celebramos hoje, devemos continuar a lutar pela liberdade de voto, pela liberdade de todos."

Em um comício nesta segunda-feira antes da passeata, o filho de King, Martin Luther King III, elogiou os democratas do Congresso por aprovarem uma ampla lei de infraestrutura no ano passado, mas implorou a eles que aprovem a legislação que protege o direito ao voto.

King III, sua esposa, Arndrea Waters King, e a filha Yolanda Renee King, lideraram a passeata pela ponte.

"Precisamos garantir que todos neste país possam ir às urnas, votar e ter seu voto ouvido", disse Lisa Meunier, 53, de Washington, que se juntou aos manifestantes.

O projeto amplia o acesso à votação pelo correio, fortalece a supervisão federal das eleições em Estados com histórico de discriminação racial e endurece as regras para financiamento de campanha. Apoiadores democratas dizem que é necessário combater uma onda de novas restrições ao voto aprovadas em Estados controlados pelos republicanos que, segundo observadores eleitorais, dificultariam o voto de eleitores de baixa renda e minorias.

As novas restrições têm surgido na esteira das falsas alegações https://www.reuters.com/world/us/trumps-false-claims-debunked-2020-election-jan-6-riot-2022-01-06 do ex-presidente Donald Trump de que sua derrota nas eleições de 2020 foi resultado de uma fraude generalizada.

O principal democrata do Senado, Chuck Schumer, tem dito que a Casa analisará o projeto na terça-feira, um atraso em relação ao seu plano anterior de votar o projeto até segunda-feira, dia do feriado nacional em homenagem a King.

King III, sua esposa, Arndrea Waters King, e sua filha Yolanda Renee King, estão liderando a marcha.

Os republicanos, que detêm metade dos 100 assentos no Senado norte-americano, estão unidos em oposição ao projeto, que alegam ser uma tomada de poder partidária. Isso deixa a Biden e Schumer apenas um caminho para aprová-lo: convencer o senador Joe Manchin e a senadora Kyrsten Sinema, democratas de centro, a mudarem a regra de obstrução da Casa, que exige que pelo menos 60 senadores concordem com a maioria das leis.

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