Família de jovem desaparecida no Vaticano reexaminará ossada
Emanuela Orlandi está sumida desde 1983, quando tinha 15 anos
A família de Emanuela Orlandi, desaparecida há 37 anos na Itália, decidiu examinar alguns fragmentos de ossos encontrados no cemitério teutônico do Vaticano no ano passado. A decisão foi anunciada neste sábado (1º) pela advogada Laura Sgrò.
Em abril deste ano, a Igreja Católica arquivou o inquérito que apurava se as ossadas encontradas no imóvel da própria instituição pertenceriam a jovem. Na ocasião, no entanto, foi constatado que os ossos eram anteriores ao século 19.
Agora, a família de Orlandi recebeu aval da Santa Sé para continuar a investigação. "Confiamos alguns fragmentos ósseos a um laboratório. Primeiro haverá a análise do carbono 14 para datação e, em seguida, se as condições forem cumpridas, o exame de DNA", relatou Sgrò.
Segundo a advogada, os primeiros resultados já podem ficar prontos no próximo mês de setembro. As análises são acompanhadas pelo perito Giorgio Portera.
Orlandi desapareceu aos 15 anos, em 1983, enquanto voltava para casa. Ela era filha de um funcionário da Santa Sé e morava dentro dos muros do pequeno país.
Inúmeras hipóteses já foram levantadas sobre o seu sumiço - desde um crime comum até a vingança contra seu pai ou até mesmo contra o Vaticano. No entanto, até hoje, nunca se soube o que aconteceu com a jovem.