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EXCLUSIVO-Trump promete fazer campanha intensa por republicanos, mas pode evitar primárias

18 jan 2018 - 08h59
(atualizado às 09h05)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quarta-feira que planeja dedicar grande parte do seu tempo neste ano a ajudar republicanos a manter o controle do Congresso, mas sugeriu que pode ficar de fora das divisivas disputas internas das primárias partidárias.

Donald Trump em entrevista à Reuters na Casa Branca 17/01/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Donald Trump em entrevista à Reuters na Casa Branca 17/01/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

"Eu vou passar provavelmente quatro ou cinco dias por semana ajudando pessoas porque precisamos de mais republicanos", disse o presidente, também republicano, em entrevista à Reuters. "Para aprovar a agenda real, nós precisamos de mais republicanos".

Trump indicou que irá evitar endossar candidatos nas primárias republicanas, como fez no ano passado na corrida do Alabama ao Senado, quando o senador em atividade que endossou foi derrotado por um desafiante conservador linha-dura, e irá provavelmente focar na eleição de novembro, na qual democratas estão tentando tirar o controle do Congresso das mãos dos republicanos.

"É difícil às vezes. Às vezes você realmente gosta de três candidatos -- esta é uma posição muito difícil de se estar. Mas nós temos lugares onde eu gosto de todos os candidatos", disse Trump. "Mas eu estarei muito envolvido --além das primárias --com a eleição em si, muito".

Trump deve viajar à Pensilvânia na quinta-feira em apoio a Rick Saccone, candidato republicano em uma eleição especial para substituir o deputado republicano norte-americano Tim Murphy, que renunciou em outubro em meio a um escândalo sexual.

Trinta e quatro assentos do Senado e todos os 435 da Câmara dos Deputados serão disputados nas eleições de novembro. Os democratas precisam aumentar sua bancada em dois assentos para assumir o controle do Senado de 100 assentos, e em 24 cadeiras para assumir a Câmara dos Deputados.

Divisivas batalhas republicanas primárias já estão acontecendo em Estados incluindo Arizona, Nevada e Wisconsin, onde alguns dos candidatos são apoiados por Steve Bannon, ex-estrategista-chefe de Trump, que foi demitido em agosto.

Antes de Bannon ter uma disputa pública com o presidente sobre comentários feito pelo ex-assessor em um novo livro sobre a Casa Branca de Trump, a expectativa era de que o envolvimento de Bannon pudesse instigar Trump a se lançar em algumas das disputas.

Agora isSo parece ser muito menos provável.

Trump disse que irá divulgar durante a campanha a lei de reforma fiscal apoiada pelos republicanos e aprovada pelo Congresso no mês passado, que corta impostos para empresas e os ricos, enquanto oferece mudanças fiscais para outros norte-americanos, uma medida que argumenta que irá crescer em popularidade entre eleitores conforme seus impostos forem reduzidos.

Ele também planeja divulgar a performance do mercado de ações.

"Se os democratas tivessem vencido a eleição, o mercado de ações teria caído 50 por cento de onde estava", disse Trump.

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