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Ex-presidente do Equador denuncia à OEA "alteração da ordem constitucional" no país

15 dez 2017 - 21h12
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O ex-presidente equatoriano Rafael Correa denunciou à Organização dos Estados Americanos uma "alteração na ordem constitucional" em seu país e solicitou a ativação da Carta Democrática diante da convocação por decreto do atual governo para um referendo, informou nesta sexta-feira o órgão.

O atual presidente, Lenín Moreno, ordenou no final de novembro à corte eleitoral a realização imediata de um referendo que autoriza mudanças à Constituição, como remoção da figura de reeleição indefinida, argumentando uma demora nos prazos legais previstos por sua convocação.

A ação presidencial foi questionada por Correa, que considera que seu sucessor e outrora aliado político transgrediu procedimentos constitucionais, "com parcial e mal intencionado propósito político", então solicitando o pronunciamento da OEA.

"O ex-presidente Rafael Correa e Ricardo Patiño apresentaram denúncias sobre alteração da ordem constitucional no Equador e pedido de aplicação CDI. Diante disto, a Secretaria irá realizar informe técnico jurídico sobre a situação institucional", disse o secretário da OEA, Luis Almagro, em sua conta no Twitter.

A eliminação da reeleição indefinida fecharia o caminho para que Correa volte ao poder no futuro, de acordo com analistas.

Correa criticou com dureza as políticas do governo atual e acusa seu sucessor de pretender desmantelar o projeto socialista instaurado durante sua década no poder.

O referendo será realizado em 4 de fevereiro.

Diversos partidos opositores e movimentos sociais expressaram apoio à consulta, que também implementa a ideia de substituir uma entidade que propõe autoridades de controle, entre outros temas.

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