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Mundo

Ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont é preso na Itália

Separatista é responsável por plebiscito considerado ilegal pela Espanha

23 set 2021 - 19h26
(atualizado às 19h53)
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O ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont foi detido, nesta quinta-feira (23), na ilha da Sardenha, no sul da Itália, informou a imprensa espanhola, citando seu advogado de defesa, Gonzalo Boye, e fontes de seu partido.

De acordo com o jornal "El País", o líder separatista viajou à Itália para participar de um evento em Alghero amanhã (24), com prefeitos e conselheiros pró-independência da ilha italiana para promover o folclore catalão.

A detenção ocorreu no aeroporto da cidade italiana em virtude do mandado internacional emitido pelo juiz Pablo Llarena, do Supremo Tribunal da Espanha, pelo plebiscito separatista de 1° de outubro de 2017, considerado ilegal pela Espanha. Na ocasião, ele declarou a independência dessa região de maneira unilateral, o que resultou na dissolução de seu governo.

"O Presidente Puigdemont foi detido em sua chegada à Sardenha, onde estava como eurodeputado", anunciou no Twitter Boye, destacando que a prisão ocorreu em cumprimento a ordem europeia de detenção de 14 de outubro de 2019.

Segundo comunicado oficial de seu gabinete, Puigdemont deve se apresentar no tribunal de recurso de Sássari, competente para decidir sobre a sua libertação ou extradição para a Espanha.

O líder separatista deixou a Espanha justamente quando o Ministério Público apresentou uma denúncia contra os líderes da independência por um crime de rebelião devido ao referendo em 2017. A sentença estabeleceu que eles haviam cometido um crime de sedição.

Com isso, Puigdemont, presidente da Catalunha na época do plebiscito, chegou a ser preso na Alemanha em 2018, mas o pedido de extradição acabou retirado pelo Tribunal Supremo. A desistência se deu pelo fato de a Justiça alemã ter desconsiderado o crime de sedição na ordem de expulsão.

Logo depois, o político se estabeleceu na Bélgica. Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, inclusive, conquistou uma cadeira e obteve imunidade parlamentar. No entanto, neste ano, o Parlamento Europeu revogou a imunidade parlamentar de Puigdemont e de outros eurodeputados catalães - Toni Comin e Clara Ponsati - abrindo a possibilidade de extradição dos três.

Ansa - Brasil   
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