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Ex-presidente argentina Cristina Kirchner pede que mudem juiz e promotor do "caso dos cadernos"

13 ago 2018 - 20h00
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A ex-presidente argentina Cristina Kirchner rejeitou na segunda-feira por parcialidade o juiz e o promotor que estão investigando uma grande rede de subornos milionários descoberta semanas atrás em um caso envolvendo grandes empresas e políticos, como ela própria.

Cristina Kirchner chega em tribunal de Buenos Aires
 13/8/2018    REUTERS/Agustin Marcarian
Cristina Kirchner chega em tribunal de Buenos Aires 13/8/2018 REUTERS/Agustin Marcarian
Foto: Reuters

O processo judicial, que eclodiu há duas semanas graças aos cadernos com anotações do motorista de um dos envolvidos, já causou a prisão de várias pessoas e desencadeou dúvidas sobre a economia argentina, já que afeta muitas construtoras responsáveis por obras neste momento.

Por meio de um comunicado de seu advogado, Cristina, hoje senadora, considerou que nem o juiz Claudio Bonadio nem o promotor Carlos Stornelli mostraram imparcialidade na investigação até o momento, devido a antigas disputas.

"Vossa Excelência foi denunciado criminalmente em 6 de julho de 2016", diz o texto apresentado pelo advogado de Cristina, que pode ser acessado através do Twitter.

"A dra. Cristina Fernández de Kirchner solicitou ao Conselho do Judiciário da Nação que seja iniciado um julgamento político contra Vossa Excelência sobre os méritos de graves irregularidades... de modo que não possa continuar conduzindo esta investigação", diz o documento.

A mídia argentina noticiou que o juiz está avaliando pedir ao Senado para remover os foros legislativos --que dão imunidade judicial-- a Cristina para avançar na investigação e com sua eventual prisão por considerá-la a líder do esquema de corrupção.

Diversos executivos de empresas importantes se declararam nos últimos dias "arrependidos" perante os tribunais para obter benefícios judiciais e têm exposto um sistema de corrupção que procurou financiar o governo peronista entre 2003 e 2015 com pagamentos paralelos feitos por empresas de construção para conseguir vencer a licitação das obras.

Várias testemunhas apontaram o falecido presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e sua sucessora e viúva Cristina (2007-2015) como líderes do sistema.

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