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Ex-arcebispo australiano é absolvido em caso de pedofilia

Philip Edward Wilson havia sido condenado em primeira instância

6 dez 2018 - 14h21
(atualizado às 16h09)
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O ex-arcebispo de Adelaide, na Austrália, Philip Edward Wilson, foi absolvido em segunda instância no processo em que é acusado de acobertar casos de pedofilia.

Philip Wilson era o mais alto prelado católico condenado por crimes ligados a pedofilia
Philip Wilson era o mais alto prelado católico condenado por crimes ligados a pedofilia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O prelado havia sido condenado em primeiro grau a 12 meses de prisão, quatro deles já descontados em regime domiciliar.

Segundo o juiz Roy Ellis, da Corte Distrital de Newcastle, há "dúvidas razoáveis" de que Wilson tenha cometido o crime. O ex-arcebispo acompanhou a audiência por videoconferência. Aos 68 anos, ele era o mais alto prelado da Igreja Católica condenado por crimes ligados a pedofilia.

Wilson havia sido sentenciado em primeira instância por ter acobertado abusos sexuais contra quatro menores de idade cometidos pelo padre James Fletcher nos anos 1970. O sacerdote foi condenado em dezembro de 2004, mas morreu na cadeia 13 meses depois.

A sentença contra Wilson em primeiro grau dizia que o acobertamento havia sido motivado pelo desejo de "proteger a Igreja Católica". A condenação o forçou a se demitir do cargo de arcebispo de Adelaide, mas o juiz de segunda instância afirmou que "não há uma base apropriada para recusar seu testemunho", o qual chamou de "honesto e coerente".

O Ministério Público já declarou que entrará com recurso em terceira instância. Outro prelado australiano, o cardeal George Pell, próximo ao papa Francisco e prefeito licenciado da Secretaria de Economia do Vaticano, é réu por crimes de pedofilia supostamente ocorridos nas décadas de 1970 e 1990. 

Ansa - Brasil   
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