PUBLICIDADE

Mundo

Ex-advogado de Trump diz que houve manipulação de dados de pesquisa online "na direção de Trump"

17 jan 2019 - 16h54
Compartilhar
Exibir comentários

Michael Cohen, que foi advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que pagou uma empresa para manipular dados de pesquisas online "na direção de e em benefício único de Trump".

Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos EUA, Donald Trump
12/12/2018
REUTERS/Jeenah Moon
Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos EUA, Donald Trump 12/12/2018 REUTERS/Jeenah Moon
Foto: Reuters

O Wall Street Journal noticiou que Cohen pagou à empresa de dados REdFinch Solutions para manipular duas pesquisas de opinião pública em favor de Trump, antes da campanha presidencial de 2016.

"Sobre o artigo do @do WSJ sobre a manipulação de pesquisa", escreveu Cohen no Twitter nesta quinta, "o que fiz foi na direção de e em benefício único de @realDonaldTrump @POTUS. Eu me arrependo de verdade pela lealdade cega a um homem que não merece."

As tentativas de distorcer as pesquisas acabaram por se mostrar malsucedidas, mas servem para revelar as táticas da campanha de Trump e qual foi o papel de Cohen. Durante a campanha, Trump fez referência frequente a seu desempenho em pesquisas para impulsionar sua candidatura.

Cohen foi condenado no mês passado a três anos de prisão por ter feito pagamentos ilegais a mulheres em benefício da campanha de Trump, e também por mentir ao Congresso sobre o projeto de uma Trump Tower na Rússia.

Cohen alega que Trump o orientou a cometer as violações de campanha, o que Trump nega.

O WSJ disse que Cohen contratou John Gauger, responsável pela RedFinch Solutions, para escrever um script de computador com o objetivo de votar repetidas vezes em Trump em uma pesquisa da Drudge Report, feita em 2015, sobre possíveis candidatos presidenciais republicanos. A manobra ocorreu quando Trump se preparava para entrar na corrida presidencial de 2016, segundo o jornal.

Trump ficou em quinto na pesquisa da Drudge Report, com cerca de 24 mil votos, ou 5 por cento do total, de acordo com o WSJ.

Cohen também contratou Gauger para o mesmo serviço em 2014, quando a rede CNBC fez uma pesquisa online sobre os principais líderes empresariais dos EUA, embora Trump não tenha conseguido ficar entre os 100 primeiros colocados, disse o jornal.

"O presidente não tem conhecimento sobre a manipulação das pesquisas", disse Rudy Giuliani, atual advogado de Trump, em entrevista à Reuters.

Trump tuitou sobre a pesquisa da CNBC em 2014, a qual chamou de "piada" e sugeriu ter ficado fora da lista final por questões "políticas".

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade