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Europa

Praça de São Pedro já está lotada para canonização de papas

27 abr 2014 - 03h14
(atualizado às 03h16)
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Vaticano não deixou fiéis dormirem na Praça de São Pedro; acessos foram abertos às 5h30 (horário local)
Vaticano não deixou fiéis dormirem na Praça de São Pedro; acessos foram abertos às 5h30 (horário local)
Foto: AFP

João Paulo II e João XXIII serão proclamados santos neste domingo em grande cerimônia na Praça de São Pedro do Vaticano e que será oficiada pelo papa Francisco e concelebrada pelo papa emérito Bento XVI.

Dezenas de milhares de pessoas passaram toda a noite nos limites do Vaticano até que às 5h30 hora italiana (0h30 em Brasília) se abriram os acessos e em grupos foram acompanhados pelos voluntários à Praça de São Pedro.

A Via da Conciliação, a avenida que liga Roma com a cidade do Vaticano, estava já repleta de peregrinos que vieram de todas as partes do mundo desde as primeiras horas da madrugada. Os voluntários e membros de proteção civil tiveram que atender durante a madrugada e a manhã dezenas de pessoas que se sentiram mal.

Para esta canonização histórica estarão em São Pedro delegações de 92 países, com 24 chefes de Estado e governo e 23 ministros, entre eles os reis da Espanha e da Bélgica, além dos presidentes de Paraguai, Honduras, El Salvador, Equador, Albânia, Croácia, e Polônia, entre outros.

A organização logística a cargo da Obra Romana de Peregrinações (ORP) do vicariato de Roma informou que são esperadas entre 500.000 e 800.000 pessoas, mas poderiam chegar até um milhão.

Perante a impossibilidade que todos os fiéis possam entrar na Praça de São Pedro há 17 telas gigantes distribuídas por toda Via da Conciliação e em outros pontos de Roma como a praça Farnese, Praça Navona e os Foros imperiais.

A missa será oficiada pelo papa Francisco e cocelebrada entre 130 e 150 cardeais vindos de todo o mundo para esta ocasião, assim como 1.000 bispos e 870 sacerdotes se encarregarão de dar a comunhão.

Os mais próximos ao papa serão o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, o cardeal polonês e histórico secretário de João Paulo II, Stanislao Dziwisz, e o bispo de Bergamo, Francesco Beschi, procedente da cidade natal de João XXIII.

Mas também estarão presente Bento XVI que ocupará um posto com os outros cardeais no setor esquerdo.

As delegações ocuparão os dois setores ao lado do altar, onde se instalaram toldos já que as previsões do tempo dizem que pode chover durante a manhã.

A cerimônia começará, segundo o missal que o Vaticano distribuiu, às 9h (4h em Brasília), já que este domingo se celebra a Divina misericórdia, festa da Igreja Católica que proclamou o papa João Paulo II. Depois se rezará a litania dos Santos e às 10h (5h), Francisco começará a missa.

A parte mais importante e esperada da cerimônia será o rito da canonização, quando o governador regional da Congregação para a Causa dos Santos, o cardeal Angelo Amato, apresentará a Francisco "os três pedidos" de canonização para ambos os papas, primeiro com "grande força", depois com "maior força" e, por último, com "grandíssima força".

Em seguida, o papa pronunciará a fórmula: "Em homenagem à Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e o aumento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo e dos santos apóstolos Pedro e Paulo, após haver refletido largamente e invocado a ajuda divina e escutando o parecer de muitos de nossos irmãos bispos, declaramos santos João XXIII e João Paulo II".

Finalmente Francisco pedirá que os papas sejam inscritos no livro dos Santos. No final da cerimônia, Francisco cumprimentará todas as delegações que assistiram a esta cerimônia histórica.

EFE   
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