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Europa

"Podem me chamar de populista, mas não de demagogo", diz Macron

19 mar 2017 - 11h04
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O candidato à presidência da França Emmanuel Macron, favorito nas pesquisas para ganhar o segundo turno das eleições no país, afirmou que não se incomoda por ser considerado populista, mas sim quando é chamado de demagogo.

Em uma extensa entrevista à publicação "Le Journal du Dimanche", Macron diz que à medida que a campanha avançar, seu candidatura receberá mais apoio de membros do Partido Socialista e do conservador Os Republicanos.

Sobre os ataques que seus rivais lhe dirigem, em particular quando o chamam de populista, Macron afirmou que não se sente incomodado.

"Se ser populista é falar com o povo sem passar pelos filtros dos partidos, me assumo populista. Nesse sentido, o general De Gaulle era. Mas não se deve confundir isso com demagogia, que consiste em dizer o que as pessoas querem ouvir", assegurou o candidato.

Macron disse que seu programa não é pensado para "agradar" o povo.

O candidato, que foi ministro da Economia do presidente socialista, François Hollande, acusou seus dois principais rivais, a ultradireitista Marine le Pen e o conservador François Fillon, de confundir nacionalismo com patriotismo.

"Le Pen e Fillon reduzem a França a uma identidade murcha. Minha relação com a pátria e a cultura é aberta, não se situa na rejeição do outro", disse.

Macron acrescentou que sua ideia de identidade tem a ver "com a língua, a herança e o orgulho de ser francês", mas também "com a aspiração constante ao universal e à não submissão".

O candidato disse também que seus rivais confundem o jihadismo, o comunitarismo islamita e o islã da França. "Os terroristas querem a guerra civil. Ao dizer que todos os muçulmanos são potenciais terroristas, eles lhe dão razão", disse.

O candidato afirmou que se mostrará firme nos assuntos de segurança e prometeu criar uma força de intervenção "específica" para combater o Estado Islâmico, que dependerá diretamente do Eliseu.

Além disso, afirmou que fundirá a direção dos diferentes serviços de inteligência do país para coordenar melhor seu trabalho e que favorecerá o desdobramento policial de proximidade nos bairros mais sensíveis e de serviços de inteligência locais.

Macron se comprometeu a criar 10 mil postos de policiais e gendarmes suplementares.

EFE   
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