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Europa

Julian Assange afirma que não vai esquecer o que aconteceu

19 mai 2017 - 12h16
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Londres, 19 mai (EFE). - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou nesta sexta-feira que não perdoa nem esquece o que viveu, após o Ministério Púbico da Suécia anunciar que encerrou a investigação contra ele por um suposto caso de estupro.

"Detido por 7 anos sem acusação, enquanto meus filhos cresciam e meu nome era difamado. Não perdoo nem esqueço", escreveu o jornalista australiano no Twitter.

O ativista postou essa mensagem depois que o inquérito aberto contra ele por suposto estupro foi suspenso por conta das dificuldades em avançar com o caso e extraditá-lo à Suécia. Assange se refugiou em junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para evitar ser entregue às autoridades suecas, que queriam interrogá-lo pelos supostos crimes sexuais cometidos nesse país há sete anos.

Em um inesperado anúncio, o Ministério Púbico da Suécia comunicou hoje o encerramento da investigação preliminar aberta em 2010 contra ele por um suposto estupro, o que representa o levantamento da ordem de prisão internacional que estava em vigor. Apesar disso, a Scotland Yard apontou em comunicado que ainda é obrigada a cumprir a ordem de prisão emitida pela Corte do Reino Unido se o escritor sair da sede diplomática, em virtude de uma solicitação de extradição da Suécia.

Em novembro de 2016, Assange foi submetido a primeira sessão do interrogatório na embaixada de Londres. A Suécia reclamava sua extradição para esclarecer o suposto envolvimento do ativista em quatro delitos de natureza sexual que ele sempre negou. Três deles prescreveram em agosto do ano passado.

Assange sempre disse ter medo de, se saísse do edifício diplomático, ser entregue aos Estados Unidos, onde enfrentaria a Justiça militar pelas milhares de vazamentos feitos sobre o governo americano em seu site.

EFE   
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