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Europa

Ex-empregado de Picasso devolverá obras à família do pintor

Eletricista aposentado disse que a última esposa do pintor lhe deu as obras de presente há mais de 50 anos. Famíli não acredita na história

20 mar 2015 - 10h59
(atualizado às 15h18)
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Pierre Le Guennec e sua mulher, Danielle, chegando no tribunal na França.   20/03/2015
Pierre Le Guennec e sua mulher, Danielle, chegando no tribunal na França. 20/03/2015
Foto: Eric Gaillard / Reuters

Cerca de 300 obras de Pablo Picasso terão de ser devolvidas à família do artista, decidiu nesta sexta-feira um tribunal francês, rejeitando o depoimento de um ex-empregado dele, segundo o qual a última esposa do pintor lhe deu as obras de presente há mais de 50 anos.

Pierre Le Guennec, de 75 anos, um eletricista aposentado, e sua mulher, Danielle, de 71, receberam pena de dois anos de prisão –posteriormente suspensa- por manipulação de bens roubados. Eles também foram condenados a entregar as 271 obras, de valor estimado entre 60 e 120 milhões de euros (64 a 128 milhões de dólares) aos herdeiros de Picasso, que morreu em 1973.

Sedução do corpo feminino é protagonista de exposição em Roma:

Le Guennec, empregado por Picasso em sua última casa, em Mougins, no sudeste da França, disse ao tribunal em Grasse que Jacqueline Picasso lhe ofereceu a caixa que contém colagens não assinadas, desenhos e pinturas, com o consentimento de seu marido em 1971 ou 1972.

"Uma noite, a senhora me chamou no corredor, quando eu estava saindo, e me disse: 'Isto é para você'", disse ele no depoimento.

Homem misterioso aparece em quadro de Picasso:

A caixa ficou alojada na garagem de Le Guennec por quase 40 anos, até o casal levá-la a Paris para ser avaliada, em 2010. Após a revelação da existência das obras, herdeiros de Picasso entraram em contato com as autoridades, que abriram uma investigação.

Um dos filhos de Picasso, Claude Ruiz Picasso, disse estar satisfeito com a decisão e declarou que a coleção, que se acredita tenha sido criada entre 1900 e 1932, inclui trabalhos importantes que poderiam agora ser exibidos.

"Ele teve uma grande cara de pau ao tentar nos fazer engolir essa história", disse Maya Picasso, uma das filhas do artista, a repórteres.

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