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Europa

Em greve de fome, preso grego diz que deixará de beber água

Protesto é contra a recusa das autoridades em concedê-lo uma permissão para assistir aulas na universidade

10 dez 2014 - 09h29
(atualizado às 11h56)
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<p>Um homem identificado como Nikos Maziotis, membro de uma guerrilha, é detido após tiroteio em Atenas, na Grécia. 16/07/2014</p>
Um homem identificado como Nikos Maziotis, membro de uma guerrilha, é detido após tiroteio em Atenas, na Grécia. 16/07/2014
Foto: Tatiana Bolari / Reuters

O jovem grego preso Nikos Romanós completou nesta quarta-feira um mês em greve de fome e decidiu também deixar de beber em protesto contra a recusa das autoridades em concedê-lo uma permissão para assistir aulas na universidade.

Romanós, de 21 anos, tomou a decisão de deixar de beber água, o único líquido que consumia desde 10 de novembro, após o debate iniciado na terça-feira no parlamento sobre a emenda que pretende acabar com as permissões penitenciárias por motivos acadêmicos e substituí-las por ensino a distância.

A votação para a lei está prevista para hoje, mas todos os partidos, incluindo o governante Pasok, pediram ao ministro da Justiça, Charalampos Athanassiou, que esclareça o panorama jurídico de modo a evitar mal-entendidos para que a utilização de uma pulseira eletrônica nas permissões carcerárias seja aplicada no caso de Romanós.

Diante do protesto da oposição sobre o conteúdo da emenda, o ministro deixou aberta a possibilidade de introduzir mudanças.

O advogado de Romanós, Frangiskos Ragusis, afirmou que o jovem estaria disposto a terminar a greve se puder utilizar a pulseira eletrônica como método de vigilância para poder receber as permissões.

Ragusis pediu uma reunião com o primeiro-ministro grego, Antónis Samarás, que se encontrou no domingo com o pai de Romanós, mas não chegou a um acordo.

A Suprema Corte da Grécia rejeitou na terça-feira o recurso de Romanós e considerou válida a decisão do conselho de juízes que negou sua permissão carcerária alegando risco de fuga.

O caso de Romanós gerou grande repercussão política em meio ao cenário de instabilidade que vive o país, já que o governo antecipou para a próxima semana as eleições presidenciais, previstas inicialmente para fevereiro.

Além disso, o caso provocou grande indignação popular. Uma das diversas manifestações ao longo da semana passada terminou com fortes distúrbios.

EFE   
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