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Europa

Casa Branca convida Putin para visitar Washington

John Bolton diz ter convidado presidente russo para um "dia de conversações" em 2019.

26 out 2018 - 16h20
(atualizado às 16h51)
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O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou nesta sexta-feira (26) que o presidente russo, Vladimir Putin, foi convidado a visitar Washington no ano que vem.

"Convidamos o presidente Putin a Washington após o primeiro dia do ano para, basicamente, um dia todo de conversações", disse o assessor durante visita à ex-república soviética da Geórgia, sem especificar nenhuma data.

A pedido de Trump, John Bolton (dir.) convidou Vladimir Putin (esq.) para visitar os EUA
A pedido de Trump, John Bolton (dir.) convidou Vladimir Putin (esq.) para visitar os EUA
Foto: DW / Deutsche Welle

A princípio, não ficou claro se Putin aceitou o convite. O ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, disse, em comunicado, ter ligado para o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para discutir "questões agudas na agenda internacional e laços bilaterais no contexto dos preparativos para os planejados encontros entre os presidentes".

Bolton lembrou que Putin e o presidente americano, Donald Trump, deverão se encontrar em Paris no dia 11 de novembro, por ocasião do centenário do Dia do Armistício, que marcou o fim da Primeira Guerra.

O convite ao presidente russo retoma uma ideia que surgiu em julho deste ano em meio a fortes diferenças devido à crise na Ucrânia e a alegações de ingerência russa nas eleições americanas de 2016.

Na época, Trump e Putin se encontraram em Helsinque. O presidente americano foi fortemente criticado por não ter denunciado publicamente a ingerência russa e por aparentemente aceitar as negações de Putin sobre tais atividades.

Dias após o encontro na capital finlandesa, Trump pediu que Bolton convidasse o presidente russo para visitar os EUA no fim do ano, mas logo o convite provocou controvérsias e foi adiado.

Putin disse repetidas vezes que melhoras nos laços entre EUA e Rússia foram frustradas por disputas políticas americanas, mas expressou esperança de que Trump poderia eventualmente adotar passos para melhorar as relações deterioradas.

No início deste mês, o líder russo disse que "jogar com a carta russa" foi um instrumento conveniente na política dos EUA antes das eleições de meio de mandato, marcada para 6 de novembro.

Numa entrevista à agência de notícias Reuters, Bolton criticou a política externa russa, dizendo que o comportamento de Moscou no cenário mundial foi uma das razões pelas quais Washington impôs sanções contra a Rússia e que agora estava pensando em impor ainda mais.

"Será útil se eles [russos] pararem de interferir na nossa eleição [...] saírem da Crimeia e do Donbass na Ucrânia [...] pararem de usar armas químicas para realizar tentativas de assassinatos contra russos refugiados no Ocidente", afirmou Bolton.

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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