PUBLICIDADE

Mundo

Puigdemont quer liderar Catalunha do exílio

O ex-presidente está organizando "novo governo" na Bélgica

2 mar 2018 - 20h32
(atualizado em 3/3/2018 às 12h35)
Compartilhar
Exibir comentários

Um dia após desistir de sua candidatura, o presidente deposto da Catalunha, Carles Puigdemont, declarou que prepara um "novo tipo de governo" para liderar a região do exílio.

Em entrevista ao jornal britânico "The Guardian", Puigdemont disse que faria um novo "Conselho de República" catalão. "Seria como um governo do exílio", declarou.

Após desistência, Puigdemont quer liderar Catalunha do exílio
Após desistência, Puigdemont quer liderar Catalunha do exílio
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Não seria às sombras. Nós preferimos trabalhar em lugares livres, sem ameaças ou medos. Devemos agir sem os problemas da Justiça e da polícia da Espanha", explicou, referindo-se à sua atual situação.

O ex-presidente regional ainda afirmou que esse "novo tipo de governo representará a diversidade [da Catalunha]" e que ele "convidará todos os outros partidos para participar".

"O Conselho deve ter representação de comunidades locais e da sociedade civil. Nós passaremos do sistema antigo de governo, para as pessoas, para um novo, com as pessoas", acrescentou. Nesse novo "Conselho", ele atuaria como presidente.

Puigdemont aproveitou para atacar novamente o rei Felipe VI, acusando-o de ter "violado a Constituição" ao ter "excluído milhões de catalães que votaram a favor da separação".

As declarações surgem um dia após o líder deposto ter desistido de sua candidatura à presidência da Catalunha e indicado o "número dois" de sua lista, Jordi Sànchez, ao cargo. No entanto, Sànchez encontra-se preso.

Puigdemont está atualmente exilado na Bélgica por ter sido destituído pelo governo espanhol, após a declaração unilateral de independência da Catalunha, em outubro de 2017. Se retornar ao país, poderá ser preso. Por conta disso, sua posse como presidente regional foi adiada diversas vezes.

Decisão de ex-presidente do parlamento catalão não agrada ninguém:
Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade