EUA vão 'pagar' por boicote a Jogos de Pequim, diz China
Estados Unidos não enviarão representantes políticos ao evento
A China criticou nesta terça-feira (7) os Estados Unidos pela decisão de promover um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, marcados para fevereiro de 2022.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, os EUA vão "pagar" por isso e deveriam "parar de politizar o esporte e de interferir com palavras e ações contra as Olimpíadas de Pequim".
"Do contrário, vão minar o diálogo e a cooperação entre os dois países em uma série de questões internacionais e regionais", ressaltou Zhao.
Como não afetará os competidores olímpicos americanos, o boicote diplomático tem mais caráter simbólico do que prático, porém é mais um ingrediente na crescente tensão entre as duas maiores potências do planeta.
"O chamado boicote diplomático dos Estados Unidos é uma farsa política que reflete a mentalidade da Guerra Fria", criticou a missão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU).
A medida é motivada pelas violações dos direitos humanos da minoria muçulmana uigur em Xinjiang e chega cerca de 20 dias depois de uma reunião virtual entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping.
O encontro foi realizado para tentar esfriar a tensão entre EUA e China, objetivo ainda não alcançado. Além do boicote diplomático aos Jogos de Pequim, Biden excluiu a China de uma cúpula sobre democracia marcada para 9 e 10 de dezembro e convidou Taiwan, cuja posse é reivindicada pelo gigante asiático.