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EUA sinalizam endurecimento com Rússia por meio de sanções e repreensão

16 mar 2018 - 09h07
(atualizado às 09h34)
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Ao impor novas sanções à Rússia e repudiar um possível ataque químico russo no Reino Unido, Washington sinalizou uma postura mais dura com Moscou, apesar de o presidente Donald Trump ter expressado o desejo de melhorar os laços bilaterais.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington 13/03/2018 REUTERS/Leah Millis
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington 13/03/2018 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos adotou sanções contra 19 cidadãos e cinco entidades da Rússia devido a uma interferência na eleição e a ataques cibernéticos, as medidas mais significativas empregadas pelos EUA contra a Rússia desde que Trump tomou posse, em meio a alegações de agências de inteligência norte-americanas de que Moscou tentou ajudá-lo a se eleger em 2016.

Embora o Tesouro tenha poupado oligarcas e autoridades próximas do presidente russo, Vladimir Putin, disse que sanções adicionais estão a caminho e culpou Moscou pela primeira vez por ataques cibernéticos realizados até dois anos antes que visaram a rede elétrica dos EUA, incluindo instalações nucleares.

Depois de se mostrar ambígua a respeito de um ataque químico contra um ex-agente duplo russo em Salisbury, na Inglaterra, a Casa Branca fez coro a um comunicado de líderes do Reino Unido, da França e da Alemanha no qual estes disseram que "abominaram o ataque" e o atribuíram a Moscou.

Moscou negou qualquer envolvimento no envenenamento.

As medidas de quinta-feira levaram alguns analistas da Rússia a questionarem se o governo dos EUA está adotando uma postura mais combativa apesar das afirmações reiteradas de Trump, feitas durante a campanha eleitoral, de que quer um relacionamento melhor com o Kremlin, de seus elogios a Putin e de sua aparente relutância para criticar o líder russo.

"Acho que chegamos a um ponto de inflexão na abordagem da gestão atual para a Rússia", disse um diplomata que falou sob condição de anonimato. "Houve uma mudança de equilíbrio".

O diplomata atribuiu a evolução em parte a um choque entre forças apoiadas por Washington e pela Rússia na cidade síria de Deir al-Zor em fevereiro, ao bombardeio aéreo russo no enclave de rebeldes sírios anti-governo de Ghouta Oriental durante o mês passado e ao fato de Putin ter exibido no dia 1o de março um vídeo de uma arma que parece pairar sobre o que se assemelhava a um mapa da Flórida, onde se localiza o resort Mar-a-Lago de Trump.

"Estas três coisas, vistas juntas, causaram uma mudança na análise em partes... da gestão", disse o diplomata.

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