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EUA querem coalizão militar para salvaguardar litoral de Irã e Iêmen

10 jul 2019 - 11h09
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Os Estados Unidos esperam reunir aliados em uma coalizão militar ao longo da próxima quinzena para salvaguardar as águas estratégicas dos litorais do Irã e do Iêmen, que o governo norte-americano alega ser palco de ataques por parte de iranianos e combatentes aliados, disse o principal general norte-americano na terça-feira.

General Joseph Dunford chega a Senado dos EUA, em Washington 8/5/2019 REUTERS/Aaron P. Bernstein
General Joseph Dunford chega a Senado dos EUA, em Washington 8/5/2019 REUTERS/Aaron P. Bernstein
Foto: Reuters

Conforme o plano, que só foi finalizado nos últimos dias, os EUA forneceriam navios de comando e liderariam os esforços de vigilância da coalizão militar. Seus aliados patrulhariam as águas próximas destes navios de comando e escoltariam embarcações comerciais com as bandeiras de suas nações.

Joseph Dunford, general da Marinha e chefe do Estado-Maior, apresentou tais detalhes aos repórteres depois de reuniões sobre o tema com o secretário de Defesa interino, Mark Esper, e o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ainda na terça-feira.

"Agora estamos nos engajando com vários países para ver se conseguimos montar uma coalizão que garantiria a liberdade de navegação tanto no Estreito de Hormuz quanto no de Bab al-Mandab", disse Dunford.

"Portanto acho que, provavelmente nas próximas duas semanas, identificaremos quais nações têm vontade política de apoiar essa iniciativa e depois trabalharemos diretamente com os militares para identificar as capacidades específicas que sustentarão isso".

Há tempos o Irã vem ameaçando fechar o Estreito de Hormuz, através do qual quase um quinto do petróleo mundial passa, se não puder exportar seu próprio petróleo, uma restrição que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, vem buscando como forma de pressionar Teerã a renegociar um acordo a respeito de seu programa nuclear.

Mas a proposta norte-americana para uma coalizão internacional para salvaguardar a navegação no estreito, situado na entrada do Golfo Pérsico, vem ganhando ímpeto desde os ataques a navios-petroleiros nas águas do Golfo em maio e junho. No mês passado, o Irã abateu um drone dos EUA perto do Estreito de Hormuz, levando Trump a ordenar ataques aéreos retaliatórios e cancelá-los na última hora.

O vice-secretário de gabinete do Japão, um dos maiores aliados globais dos EUA, não quis comentar diretamente quando indagado sobre os comentários de Dunford.

"Estamos bastante preocupados com a tensão crescente no Oriente Médio, e garantir a passagem segura no Estreito de Hormuz é vital para a segurança energética de nossa nação, além da paz e da prosperidade da sociedade internacional", disse Kotaro Nogami em uma coletiva de imprensa de rotina em Tóquio nesta quarta-feira.

(Com reportagem em Kaori Kaneko em Tóquio)

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