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EUA não querem desfazer acordo nuclear com Irã, diz enviado

25 abr 2018 - 12h06
(atualizado às 12h28)
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Os Estados Unidos não estão tentando reabrir ou renegociar o acordo nuclear com o Irã, mas esperam continuar filiados ao pacto para corrigir seus defeitos com um acordo suplementar, disse o enviado de não proliferação dos EUA, Christopher Ford, nesta quarta-feira.

Enviado dos EUA Christopher Ford 23/04/2018  REUTERS/Denis Balibouse
Enviado dos EUA Christopher Ford 23/04/2018 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

"Não estamos visando renegociar o JCPOA (Plano de Ação Abrangente Conjunta, na sigla em inglês) ou reabri-lo ou mudar seus termos", afirmou Ford a repórteres nos bastidores de uma conferência de não proliferação nuclear realizada em Genebra.

"Estamos buscando um acordo suplementar que de alguma maneira aplicaria uma série de regras adicionais --restrições, termos, parâmetros, chamem como quiserem-- que ajudem a reagir a estes desafios mais eficazmente".

Na terça-feira o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeram adotar medidas mais rígidas para conter o Irã, mas Trump não chegou a se comprometer a continuar no pacto nuclear de 2015 e ameaçou retaliar o regime iraniano se este retomar seu programa nuclear.

Macron disse ter conversado com Trump sobre um "novo acordo" no qual EUA e Europa tratariam de questões pendentes relativas a Teerã para além do programa nuclear.

Pela proposta de Macron, EUA e Europa acertariam bloquear qualquer atividade nuclear iraniana até 2025 e além, abordar o programa de mísseis balísticos do regime e criar condições para uma solução política que contenha o Irã no Iêmen, na Síria, no Iraque e no Líbano.

"Se conseguíssemos tratar desse desafio de unir nossos parceiros... o presidente Trump deixou claro que sua decisão de não renovar as suspensões das sanções seria revisada, e é neste ponto que espero que estejamos hoje", disse Ford.

Indagado se Macron salvou o JCPOA nas conversas com Trump, Ford respondeu: "Espero que o JCPOA tenha sido salvo no contexto do desafio que o presidente Trump estabeleceu para nós, de tentar continuar no acordo, mas no contexto de seguir adiante com nossos parceiros rumo a uma abordagem que represente uma chance bastante boa de transformar o que na prática foi um adiamento temporário... em uma resposta mais duradoura".

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