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EUA fazem primeira execução federal em 17 anos

Aplicação de injeção letal teve autorização da Suprema Corte

14 jul 2020 - 10h54
(atualizado às 10h57)
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Um ex-supremacista branco condenado pelo assassinato de três pessoas de uma mesma família em 1996 foi executado com injeção letal nesta terça-feira (14), na penitenciária de Terre Haute, em Indiana.

Protesto contra pena de morte em frente ao cárcere de Terre Haute, Indiana
Protesto contra pena de morte em frente ao cárcere de Terre Haute, Indiana
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Essa foi a primeira execução em âmbito federal nos EUA desde 2003 e ocorreu poucas horas depois de a Suprema Corte ter autorizado a aplicação da injeção letal. Daniel Lewis Lee, 47 anos, foi declarado morto às 8h07 (horário local), de acordo com o Departamento de Justiça.

Ele havia sido condenado à morte pelo assassinato de um comerciante de armas, de sua esposa e da filha de oito anos do casal, em 1996, no Arkansas. A defesa de Lee havia entrado com um recurso contestando o uso da injeção letal, mas a Suprema Corte, por 5 votos a 4, autorizou esta e outras três execuções federais, que devem acontecer em breve.

Os próximos no corredor da morte são Wesley Ira Purkey, Dustin Lee Honken e Keith Dwayne Nelson. O primeiro estuprou, matou, desmembrou e queimou uma adolescente de 16 anos em 2003; o segundo assassinou cinco pessoas a tiros, incluindo duas meninas de seis e 10 anos, em 2004; e o terceiro violentou sexualmente e matou uma garota de 10 anos atrás de uma igreja em 2001.

Earlene Peterson, 81, cujas filha e neta foram assassinadas por Daniel Lewis Lee, fez campanha contra a pena de morte, afirmando que queria que o condenado passasse o resto de sua vida atrás das grades. "Ele teria de conviver com isso, como eu fiz", disse Peterson recentemente ao jornal The New York Times.

Os Estados Unidos contabilizavam apenas três execuções em âmbito federal desde que a pena de morte foi restabelecida, em 1988, e elas estavam congeladas desde 2003. No ano passado, no entanto, o governo de Donald Trump havia prometido retomá-las.

Ansa - Brasil   
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