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EUA e Irã expressam pessimismo com retomada de acordo nuclear

2 dez 2021 - 10h42
(atualizado às 15h54)
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Os Estados Unidos e o Irã expressaram pessimismo com a chance de ressuscitar o acordo nuclear iraniano de 2015 nesta quinta-feira, quando os norte-americanos disseram ter pouco motivo para otimismo e os iranianos questionaram a determinação dos negociadores dos EUA e da Europa.

Bandeira iraniana em Viena, Áustria
23/05/2021 REUTERS/Leonhard Foeger
Bandeira iraniana em Viena, Áustria 23/05/2021 REUTERS/Leonhard Foeger
Foto: Reuters

"Tenho que dizer a vocês, as medidas recentes, a retórica recente não nos dão muito motivo para... otimismo", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, aos repórteres em Estocolmo, dizendo que em um dia ou dois poderá julgar se o Irã se envolverá de boa fé.

Blinken fez os comentários depois que o Irã entregou a partes europeias, que estão fazendo uma mediação entre autoridades norte-americanas e iranianas em Viena, esboços sobre remoção de sanções e compromissos nucleares enquanto potências mundiais e o Irã tentam reinstaurar o pacto.

"Fomos a Viena com uma grande determinação, mas não estamos otimistas a respeito da vontade e da intenção dos Estados Unidos e das três partes europeias do acordo", disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, em uma conversa telefônica com seu equivalente japonês, segundo citação da mídia de seu país.

Embora Blinken tenha dito que "não é tarde demais para o Irã reverter o curso e se envolver significativamente", parece que os dois lados podem estar tentando evitar a culpa se as conversas fracassarem.

O anúncio veio no quarto dia das conversas indiretas entre o Irã e os Estados Unidos sobre a volta plena de ambos ao acordo, conforme o qual o Irã limitou seu programa nuclear em troca do alívio de sanções econômicas dos EUA, da União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU).

As conversas foram retomadas na segunda-feira após um intervalo de cinco meses, provocado pela eleição do presidente linha-dura Ebrahim Raisi no Irã.

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