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EUA dizem que teste de foguete do Irã viola resolução da ONU

27 jul 2017 - 21h18
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O Irã testou com sucesso um foguete que pode colocar satélites em órbita, informou a televisão estatal nesta quinta-feira, um acontecimento que, segundo os Estados Unidos, viola uma resolução do Conselho de Segurança da ONU por causa do seu potencial uso no desenvolvimento de mísseis balísticos.

A TV oficial mostrou imagens do disparo do foguete, montado em uma plataforma de lançamento com as fotos do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica, e do líder supremo e aiatolá Ali Khamenei.

O lançamento do foguete violou a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, nesta quinta-feira.

Essa resolução, que aprovou um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e potências mundiais, exorta o Irã a não realizar atividades relacionadas a mísseis balísticos capazes de entregar armas nucleares, incluindo lançamentos usando essa tecnologia. No entanto, a resolução não explicita uma proibição a tal atividade.

"Consideramos uma violação da RCSNU 2231", disse Nauert em um briefing quando perguntada sobre o lançamento. "Consideramos que isso seja um desenvolvimento contínuo do míssil balístico."

Teerã nega ter mísseis projetados para abrigar ogivas nucleares.

"O Centro Espacial Imã Khomeini foi inaugurado oficialmente com o teste bem-sucedido do veículo de lançamento espacial Simorgh (Fênix)", informou a TV estatal. "O Simorgh pode colocar um satélite de até 250 quilos em uma órbita de 500 quilômetros".

    "O Centro Espacial Imã Khomeini... é um grande complexo que inclui todas as fases de preparação, lançamento, controle e orientação de satélites", acrescentou a emissora.

    Neste mês os EUA impuseram novas sanções econômicas ao Irã devido a seu programa de mísseis balísticos, e disseram que as "atividades malignas" de Teerã no Oriente Médio minaram quaisquer "contribuições positivas" do acordo de 2015 visando conter seu programa nuclear.

    As medidas sinalizaram que o presidente dos EUA, Donald Trump, quer pressionar mais o Irã, mas mantendo o acordo firmado entre o regime e seis potências mundiais que ele mesmo criticou no passado.

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