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EUA dizem que Coreia do Norte ameaça o mundo todo após novo teste de míssil

15 set 2017 - 17h01
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O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, acusou a Coreia do Norte nesta sexta-feira de ameaçar todo o mundo depois que Pyongyang disparou um míssil sobre o Japão pela segunda vez em um mês, desafiando pressões internacionais devido a seus programas nuclear e de mísseis.

Tillerson concede entrevista em Washington
 30/8/2017    REUTERS/Aaron P. Bernstein
Tillerson concede entrevista em Washington 30/8/2017 REUTERS/Aaron P. Bernstein
Foto: Reuters

Em sua tentativa mais recente de lidar com uma questão que vem frustrando repetidamente as potências globais, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de reúne nesta sexta-feira para debater o lançamento a pedido dos Estados Unidos e do Japão.

Os 15 membros do conselho aprovaram novas sanções contra a Coreia do Norte unanimemente devido a um teste de bomba nuclear realizado em 3 de setembro, impondo uma proibição à exportação de têxteis norte-coreanos e um limite às importações de petróleo.

Pyongyang lançou dezenas de mísseis sob o comando do líder Kim Jong Un e vem acelerando seu programa de armas, concebido para lhe dar a capacidade de visar os EUA com um míssil nuclear poderoso.

Tillerson disse em um discurso a autoridades estrangeiras que os testes ameaçam o mundo, e enfatizou que seu país está trabalhando de perto com os aliados regionais Japão e Coreia do Sul.

"No leste da Ásia, o regime cada vez mais agressivo e isolado da Coreia do Norte ameaça democracias na Coreia do Sul, Japão e, o que é mais importante e mais recente, ampliou estas ameaças aos Estados Unidos, colocando todo o mundo em perigo", afirmou Tillerson.

Adotando um tom mais duro que o secretário, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, disse que a paciência dos EUA para soluções diplomáticas para a Coreia do Norte está se esgotando rapidamente.

"Vínhamos empurrando isso pelo caminho, e o caminho acabou", disse McMaster aos repórteres.

"Para aqueles... que vêm comentando sobre a falta de uma opção militar, existe uma opção militar", disse, acrescentando que não seria a escolha preferida do governo do presidente norte-americano, Donald Trump.

O míssil norte-coreano sobrevoou Hokkaido, no norte japonês, e caiu no Pacífico cerca de dois mil quilômetros a leste, disse o governo japonês.

O projétil viajou aproximadamente 3.700 quilômetros, de acordo com os militares da Coreia do Sul - longe o suficiente para atingir o território norte-americano de Guam, no Pacífico, que Pyongyang já ameaçou.

"O alcance deste teste foi significativo, já que a Coreia do Norte demonstrou que pode alcançar Guam com este míssil", disse a União de Cientistas Interessados em um comunicado.

Mas a nota também informa que a precisão do míssil, ainda em fase inicial de desenvolvimento, é baixa.

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