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EUA devolvem ao Vaticano carta de Colombo de 525 anos que havia sido roubada

14 jun 2018 - 14h39
(atualizado às 15h37)
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Uma cópia de uma carta de Cristóvão Colombo de 525 anos que fora roubada do Vaticano foi devolvida nesta quinta-feira após uma investigação conjunta do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos e de especialistas em antiguidades da Santa Sé. 

Cópia de carta escrita por Cristóvão Colombo que havia sido roubada dos arquivos do Vaticano 14/06/2018 REUTERS/Tony Gentile
Cópia de carta escrita por Cristóvão Colombo que havia sido roubada dos arquivos do Vaticano 14/06/2018 REUTERS/Tony Gentile
Foto: Reuters

"Estamos devolvendo-a para seu dono de direito", disse a embaixadora norte-americana no Vaticano, Callista Gingrich, em uma cerimônia de entrega em uma sala repleta de afrescos na Biblioteca do Vaticano, que abriga dezenas de milhares de objetos raros e históricos. 

Enquanto ainda estava no mar, voltando à Europa em fevereiro em 1493 --quatro meses após descobrir o Novo Mundo-- Colombo escreveu uma carta aos monarcas espanhóis descrevendo o que havia encontrado e preparando o terreno para um pedido de financiamento para mais uma viagem. 

Sua carta original foi escrita em espanhol. Uma tradução para o latim foi manualmente impressa em diversas cópias e elas se tornaram o principal veículo para divulgar a notícia de suas descobertas às cortes da Europa e ao papado. 

Uma das cartas em latim, impressa em Roma por Stephan Plannack em 1493, chegou à biblioteca do Vaticano. Conhecida como a carta de Colombo, ela é composta por oito páginas, todas medem 18,5 cm por 12 cm. 

Mas em 2011 um especialista norte-americano em manuscritos raros recebeu uma carta de Colombo para autenticação e a considerou original. No ano anterior, o mesmo especialista havia estudado uma carta de Colombo na biblioteca do Vaticano e suspeitado que ela era falsa por que, entre outros fatores, suas marcas de costura não conferiam com as da encadernação. 

A carta nos Estados Unidos, entretanto, tinha marcas que correspondiam perfeitamente às marcas da capa da carta que havia estudado no Vaticano.

O especialista, que não foi identificado, notificou investigadores de arte do Departamento de Segurança Interna dos EUA, que começaram a trabalhar em sigilo com inspetores do Vaticano e especialistas em livros raros.

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