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EUA aumentam apoio a Taiwan em reação a pressão crescente da China

1 set 2020 - 09h14
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Os Estados Unidos disseram na segunda-feira que estão estabelecendo um novo diálogo econômico bilateral com Taiwan, uma iniciativa que disseram visar o fortalecimento dos laços com Taipé e apoiá-la diante da pressão crescente da China.

Bandeiras dos EUA e da China
09/11/2018
REUTERS/Yuri Gripas
Bandeiras dos EUA e da China 09/11/2018 REUTERS/Yuri Gripas
Foto: Reuters

Washington também disse que tirou o sigilo de seis garantias de segurança da era Reagan oferecidas a Taiwan --uma medida que, segundo analistas, parece querer mostrar um apoio maior a Taipé.

Os anúncios chegam em um momento de ameaças chinesas cada vez maiores contra Taiwan e no qual as relações entre Washington e Pequim atingiram seu pior nível em décadas. O presidente dos EUA, Donald Trump, está fazendo campanha para se reeleger em novembro, e uma de suas principais plataformas de política externa é uma abordagem dura em relação à China.

David Stilwell, o principal diplomata do Departamento de Estado para o leste da Ásia, disse em um fórum virtual organizado pela entidade conservadora Heritage Foundation que as decisões norte-americanas mais recentes não são uma mudança de diretriz, mas parte de uma série de "ajustes significativos" da política de "uma China" de longa data de Washington.

Washington se sentiu compelido a fazê-los por causa da "ameaça crescente de Pequim à paz e à estabilidade" em uma região de importância vital e das tentativas chinesas de isolar Taiwan diplomaticamente e ao mesmo tempo sujeitá-la a ameaças militares.

"Continuaremos a ajudar Taipé a resistir à campanha de pressão, intimidação e marginalização do Partido Comunista chinês contra Taiwan", disse Stilwell.

O Ministério das Relações Exteriores taiwanês expressou gratidão pela nova demonstração de apoio em um momento no qual disse que a China está usando a intimidação militar para prejudicar a paz e a estabilidade perto de Taiwan, e disse que continuará a fortalecer suas capacidade de defesa.

Em Pequim, a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, disse que ninguém deveria subestimar a determinação da China para defender sua soberania e exortou os EUA a pararem de estreitar suas relações com Taiwan.

Os EUA, como a maioria dos países, têm relações oficiais com Pequim, mas não com Taiwan, que a China reivindica como território chinês - mas Washington é obrigado por lei a ajudar Taiwan a se defender e é sua principal fornecedora de armas.

Daniel Russel, um antecessor de Stilwell até o início do governo Trump, disse que as "Seis Garantias" eram um "segredo de Polichinelo", na melhor das hipóteses.

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