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Mundo

EUA anunciam sanções a 16 membros do governo Maduro

Penalidades atingem funcionários de alto escalão em Caracas

12 set 2024 - 14h14
(atualizado às 15h08)
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Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (12) novas sanções contra 16 membros do governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusados de "fraudes eleitorais".

    Segundo o Departamento do Tesouro americano, dentre os sancionados estão representantes do alto escalão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que, de acordo com o órgão, "impediram um processo eleitoral transparente e a divulgação de resultados eleitorais precisos".

    Tanto o CNE quanto o TSJ referendaram a vitória de Maduro nas eleições de 28 de julho, resultado contestado pela oposição.

    A lista de Washington ainda inclui militares, agentes de inteligência e demais membros do governo que o Tesouro afirma serem "responsáveis pela intensificação da repressão através da intimidação, detenções indiscriminadas e censura".

    "O Departamento do Tesouro tem como alvos os principais responsáveis envolvidos nas reivindicações fraudulentas e ilegítimas de vitória de [Nicolás] Maduro e na sua brutal repressão à liberdade de expressão após as eleições, enquanto a esmagadora maioria dos venezuelanos pede mudança", disse o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo.

    Já o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que, "em vez de respeitar a vontade do povo venezuelano, Maduro e os seus representantes alegaram falsamente vitória enquanto reprimiam e intimidavam a oposição democrática, em uma tentativa ilegítima de se agarrar ao poder pela força". "Os Estados Unidos continuarão a promover a responsabilização daqueles que minam a democracia na Venezuela", acrescentou.

    No total, mais de 140 atuais ou ex-funcionários venezuelanos foram sancionados pelo Tesouro americano até o momento.

    Em agosto, os Estados Unidos declararam que reconhecem a vitória de Edmundo González Urrutia, que disputou a presidência da Venezuela com Maduro em 28 de julho. O opositor está em exílio na Espanha, após ter um mandado de prisão emitido pelo governo chavista, que o acusa, dentre outras coisas, de "incitamento à desobediência" e "conspiração". .

Ansa - Brasil
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